Avenue será a XP que o Itaú (ITUB4) não teve?
O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou a aquisição de 35% da Avenue, plataforma de negociação de varejo focada em investimentos no exterior, por R$ 493 milhões.
Esse foi o segundo negócio do Itaú no ano em investimentos no varejo.
O acordo inclui que, após dois anos, o banco irá adquirir uma participação adicional de 15,1%, com base em um múltiplo de receita pré-definido, atingindo 50,1% do capital total e votante.
Além disso, o Itaú terá opção de compra para adquirir a participação remanescente em cinco anos após o fechamento da operação.
Para o Bank of America (BofA), apesar de o negócio ser pequeno, existe valor estratégico para o banco. Dessa forma, o Itaú está sendo negociado a 7,2x P/E (preço sobre o lucro) para 2022, com recomendação de compra.
A XP que o Itaú não teve
O BofA destaca que essa estrutura de negociação é muito semelhante à transação da XP em 2017 – que foi bloqueada pelo Banco Central –, com um múltiplo predefinido para adquirir uma participação adicional seguida pela aquisição do controle.
“Embora o Banco Central do Brasil não tenha permitido que o Itaú assumisse o controle da XP, acreditamos que este negócio não deve enfrentar o mesmo problema, já que a Avenue é significativamente menor que a XP na época da aquisição (R$ 12 bilhões)”, diz o relatório.
A Avenue foi fundada há 4 anos e visa conectar brasileiros a investimentos no exterior. Atualmente possui R$ 6,4 bilhões em AUC e 229 mil clientes ativos, sendo líder em investimentos brasileiros no exterior.
“Acreditamos que os clientes do Itaú devem se beneficiar de um processo de integração mais simples e fácil na plataforma Avenue, que continuará funcionando independentemente do banco”, afirma o BofA.
Investimentos no varejo
Para o BofA, esta aquisição reforça o apetite do Itaú no negócio de investimentos de varejo, visto que é a 2ª transação este ano. A primeira foi a aquisição da Ideal, uma corretora totalmente digital, que ocorreu em janeiro deste ano.
“Em suma, o Itaú está aprimorando sua plataforma de investimentos, simplificando o acesso dos clientes aos mercados de investimentos estrangeiros e a uma conta corrente internacional, permitindo maior diversificação de investimentos do ponto de vista do produto e da região”, diz.
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