Comprar ou vender?

Avanço da privatização da Eletrobras impressiona analistas

24 maio 2021, 15:03 - atualizado em 24 maio 2021, 15:07
Jean Paul Prates Senado
Segundo notícias, é no Senado que o Governo irá enfrentar as maiores dificuldades (Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), uma das principais promessas da equipe econômica de Paulo Guedes, avança: o senador governista Marcos Rogério, do DEM, será o relator da proposta no Senado.

Para a Genial Investimentos, a escolha é positiva e irá fazer com que o trâmite seja tranquilo e evite a inserção de novos “Jabutis” na relatoria.

Segundo notícias, é no Senado que o Governo irá enfrentar as maiores dificuldades. Ter um senador alinhado favorece muito os planos do governo, aponta a corretora.

“Com todos os solavancos que já são esperados em uma matéria como essa, observamos a pauta avançando muito bem”, afirma.

Além disso, a Genial lembra que o atual preço da ação reflete apenas o cenário-base para empresa e caso a privatização se materialize.

“Observamos um grande espaço de potencial de valorização”, completa.

Governo cedeu demais?

O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, afirmou na última sexta-feira que eventuais avaliações de que o Poder Executivo teria cedido demais para garantir a aprovação da Medida Provisória (MP) que privatiza a Eletrobras é uma “questão de mérito”, mas ponderou que a manutenção da companhia como estatal representa um risco fiscal e para o próprio setor.

“O governo tem restrições muito profundas para continuar fazendo os aportes necessários para manter o investimento. Eventualmente, não vai conseguir manter o investimento, e isso compromete a própria atuação da empresa no setor, não só finanças da empresa, mas todo papel que ela desempenha no setor de energia elétrica“, disse Bittencourt em coletiva de imprensa virtual para comentar o relatório bimestral de receitas e despesas.

Questionado sobre se o direcionamento de recursos da Eletrobras e Itaipu para fundos de recuperação de bacias regionais previsto na MP não seria uma forma de criação de um “Orçamento paralelo”, o secretário ponderou que a exigência de contrapartidas em outorgas é um modelo que tem se tornado “cada vez mais recorrente”.

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