Avanço da indústria de gestão de recursos pode gerar crescimento de 1,36% ao PIB em cinco anos
Um estudo realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostrou que o avanço da indústria de gestão de recursos tem grande influência no aumento do PIB. Segundo a pesquisa, caso a reforma da previdência seja aprovada, a base de ativos pode crescer em torno de 6,1% até 2023 e contribuir com 1,36% ao PIB.
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O avanço também deve influenciar na geração de empregos. A associação espera que 402 mil vagas sejam criadas no período. Na arrecadação de impostos, o crescimento deve chegar a 1,53% em cinco anos.
“O crescimento da base de ativos e o desenvolvimento da indústria de investimentos beneficiam todo o ecossistema da economia brasileira”, pontua Carlos Ambrósio, presidente da Anbima. “Ganham os investidores, com uma gama de opções que melhor se adequem às suas necessidades de prazo, risco e retorno; ganham as empresas, com mais uma fonte de recursos; e ganham os gestores, com diversidade para a composição das carteiras. E, mais importante, ganha toda a sociedade, com os impactos positivos desse avanço sobre o país”.
A base de ativos deve fazer com que a composição das carteiras mudem por conta do crescimento do estoque de ações e debêntures. A emissão de títulos públicos pode cair.
Tendências mundiais
A Anbima prevê cinco tendências mundiais para a indústria de gestão de recursos: a migração global das aplicações para ativos de maior valor agregado; o aumento do protagonismo dos investidores; as preferências dos clientes em construir um relacionamento mais independente e digital com as instituições; o “suitability” – informações sobre estado de saúde, hobbies, projetos e prioridades de um cliente – como diferencial competitivo; e o uso de novas tecnologias para aumentar a eficiência.
“O aumento da base de ativos do nosso mercado depende de uma combinação de fatores, que envolve o crescimento econômico e ações decisivas por parte da indústria de gestão de recursos, do governo e das entidades representativas do setor”, conclui Ambrósio.