Política

Auxílio emergencial não será para sempre, reafirma Bolsonaro

09 out 2020, 12:05 - atualizado em 09 out 2020, 12:06
Jair Bolsonaro
É muito caro para a União, ao mesmo tempo que ressaltou que outras medidas tomadas pelo governo farão que o país volte em breve à normalidade (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta sexta-feira, em viagem ao Pará, que o auxílio emergencial não será pago para sempre e que, apesar do valor baixo para os beneficiários, é muito caro para a União, ao mesmo tempo que ressaltou que outras medidas tomadas pelo governo farão que o país volte em breve à normalidade.

“O auxilio emergencial não é para sempre, tenho isso na cabeça, é um momento. Até porque é caro demais para a União. É pouco até para quem recebe, reconheço, mas é caro demais para a união”, discursou o presidente em cerimônia na cidade de Breves, na ilha de Marajó (PA).

“Mas com medidas outras que foram tomadas nesses seis meses, sete meses, que foram tomadas desde que começou a pandemia, brevemente estaremos de volta à normalidade.

Esta semana, o governo negou a intenção de estender o auxílio para os primeiros meses de 2021 e também de estender o orçamento de guerra para o próximo ano. Informações de que medidas nesse sentido estariam sendo analisadas abalaram o mercado financeiro.

O auxílio emergencial foi estendido até dezembro com um valor menor, de 300 reais por beneficiário, metade do pago inicialmente. O governo estuda, com o Congresso, a criação do Renda Cidadã, uma extensão do Bolsa Família, com valor maior e mais famílias atendidas, mas ainda não encontrou uma fonte de financiamento suficiente e que não viole o teto de gastos.

Bolsonaro voltou a lamentar os meses de quarentena causados pela epidemia de Covid-19.

“Sabemos os efeitos dessa pandemia. Lamentavelmente, alguns obrigaram vocês a ficarem em casa. Eu não tive participação nisso, foi decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Mas fizemos todo o possível para minimizar a dor em especial o sofrimento dos mais humildes”, afirmou.

Na verdade, o STF apenas reconheceu o direito de governadores determinarem sobre a abertura ou não do comércio, escolas e outros negócios em sua jurisdição, mas não tirou o poder de ação do governo federal.