Banco Central Europeu (BCE)

Autoridades do BCE pedem aumentos de juros para conter a inflação

10 nov 2022, 14:24 - atualizado em 10 nov 2022, 14:24
BCE
Com a inflação na zona do euro em dois dígitos, o BCE vem elevando os juros a um ritmo recorde, mesmo com a economia da região caminhando para a recessão (Imagem: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

Três das autoridades do Banco Central Europeu com posicionamento mais duro pediram nesta quinta-feira o aumento dos juros para um nível que enfraqueça o crescimento a fim de conter a alta dos preços, que eles disseram estar em risco crescente de se enraizar na zona do euro.

Com a inflação na zona do euro em dois dígitos, o BCE vem elevando os juros a um ritmo recorde, mesmo com a economia da região caminhando para a recessão.

Isso levou algumas autoridades a pesar os benefícios de aumentos futuros em relação ao risco para o crescimento.

Mas a membro do conselho do BCE Isabel Schnabel, a voz principal entre as autoridades que defendem os custos de empréstimos mais altos, disse que o banco central deve avançar e alcançar um “território restritivo”, um apelo ecoado pelos presidentes dos bancos centrais da Eslovênia e da Eslováquia.

“Não há tempo para uma pausa na política monetária”, disse Schnabel a uma audiência no Banco da Eslovênia. “Precisaremos aumentar ainda mais os juros, provavelmente em território restritivo.”

O anfitrião do evento, o presidente do banco central esloveno, Bostjan Vasle, e seu colega eslovaco, Peter Kazimir, repetiram a previsão momentos depois no mesmo painel.

A taxa de depósito do BCE está agora em 1,5% e os economistas estimam que o nível neutro, que não é restritivo nem estimulativo, esteja entre 1,5% e 2%.

Schnabel apontou uma série de indicadores sugerindo que o alto crescimento dos preços está em risco de se consolidar, como o aumento dos salários e a chamada inflação subjacente, que elimina os preços mais voláteis, mas também as expectativas do mercado e do consumidor.

Isso significa que é improvável que uma recessão superficial reduza a inflação para a meta de 2% do BCE, acrescentou ela.

“Apenas uma recessão profunda com um aumento acentuado do desemprego pode diminuir significativamente a pressão inflacionária”, disse Schnabel. “Isso é improvável atualmente, principalmente devido ao mercado de trabalho robusto, grande excesso de poupança e o apoio fiscal maciço.”

Kazimir também disse que os governos da zona do euro estão gastando demais para apoiar as famílias durante a crise de energia, aumentando as pressões inflacionárias já excessivas.

Vasle juntou-se a várias autoridades que pedem que o BCE comece a desfazer de seus títulos de vários trilhões de euros no próximo ano como parte de sua luta contra a inflação.

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