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Autoridades do BCE estão cautelosas apesar do progresso em vacina

13 nov 2020, 10:08 - atualizado em 13 nov 2020, 10:08
Pfizer Vacinas
A Pfizer disse na segunda-feira que sua vacina experimental contra a Covid-19 foi mais de 90% eficaz com base nos resultados de testes iniciais (Imagem: Reuters/Dado Ruvic)

A perspectiva de uma vacina eficaz contra a Covid-19 é uma fonte de alívio, mas a zona do euro ainda deve sofrer com novas restrições à atividade econômica para combater o aumento das infecções, disseram duas autoridades do Banco Central Europeu nesta sexta-feira.

O presidente do banco central da Espanha, Pablo Hernández de Cos, e a integrante da diretoria do BCE Isabel Schnabel ecoaram o tom cauteloso adotado pela presidente do BCE, Christine Lagarde, um dia antes, cimentando as expectativas de novos estímulos em dezembro.

“A vacina é uma notícia muito positiva, no que diz respeito à confiança do investidor, confiança do consumidor e atividade econômica. Mas gostaria de ser cauteloso. No curto prazo, as restrições continuarão em toda a Europa” disse de Cos.

A Pfizer disse na segunda-feira que sua vacina experimental contra a Covid-19 foi mais de 90% eficaz com base nos resultados de testes iniciais, impulsionando suas ações nos mercados.

Em uma entrevista à CNBC, Schnabel também disse que a vacina é “uma excelente notícia”, mas observou que as novas restrições “diminuíram substancialmente as perspectivas para o quarto trimestre e também para o primeiro trimestre do ano que vem.”

Schnabel disse que a vacina “nos coloca de volta em nosso cenário básico”, que projeta a economia caindo 8,0% em 2020 e se recuperando 5,0% em 2021 e 3,2% em 2022, enquanto de Cos disse que a segunda onda teve efeitos que “não foram considerados” nessas previsões.

O BCE disse no mês passado que iria anunciar um novo pacote de estímulo em dezembro, e Lagarde acrescentou nesta semana que isso seria baseado principalmente em novas compras emergenciais de títulos e subsídios aos bancos por meio de empréstimos a taxas de juros negativas.

Mas Schnabel argumentou que a situação mudou desde a primeira onda da pandemia em março e o BCE teve que discutir a “intensidade” de suas compras de ativos, um possível indício de um ritmo menor de compra.

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