Política

Autoridade dos EUA diz que China não cumpriu “Fase 1” de acordo comercial

01 fev 2022, 15:01 - atualizado em 01 fev 2022, 15:01
EUA China
O acordo evitou a escalada de uma guerra comercial de quase três anos entre as duas maiores economias do mundo (Imagem: REUTERS/Aly Song)

A China não cumpriu seus compromissos sob a “Fase 1” do acordo comercial de dois anos que expirou no final de 2021, e as discussões sobre o assunto com Pequim continuam, disse a vice-representante comercial dos Estados Unidos, Sarah Bianchi, nesta terça-feira.

“Sabe, está realmente claro que os chineses não cumpriram seu compromisso na ‘Fase 1’. Isso é algo que estamos tentando abordar”, disse Bianchi em fórum virtual organizado pela Associação Internacional de Comércio de Washington.

No acordo, assinado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump em janeiro de 2020, a China prometeu aumentar as compras de produtos agrícolas e manufaturados, energia e serviços dos EUA em 200 bilhões de dólares em relação aos níveis de 2017 durante 2020 e 2021.

Até novembro passado, a China havia atingido apenas cerca de 60% dessa meta, de acordo com dados comerciais compilados por Chad Bown, membro sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional.

O acordo evitou a escalada de uma guerra comercial de quase três anos entre as duas maiores economias do mundo, mas deixou em vigor tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em importações de ambos os lados do Pacífico.

Bianchi, cuja pasta inclui questões comerciais da China e da Ásia, não identificou as medidas que o governo Biden está tomando para manter a China comprometida com suas promessas da ‘Fase 1’, que também incluíam ceder maior acesso ao mercado chinês para os setores de biotecnologia agrícola e serviços financeiros dos EUA.

“Não é nosso objetivo escalar aqui. Mas certamente estamos analisando todas as ferramentas que temos disponíveis para garantir que sejam responsabilizados”, disse Bianchi, sem fornecer detalhes.

Ela disse que os Estados Unidos estão tentando promover um “relacionamento estável” com a China, mas os dois países estão num “estágio difícil no relacionamento”.

“Para ser super sincera, as conversas não são fáceis. Elas são muito difíceis. Mas, sabe, da minha perspectiva, o importante é que estamos conversando e eles serão inabalavelmente honestos”, disse Bianchi.

Ela disse que o Escritório da Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) está enfatizando que a ajuda estatal da China a empresas que e políticas e práticas econômicas antimercado são uma “séria ameaça aos interesses econômicos norte-americanos”.

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reuters@moneytimes.com.br
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