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Automob (AMOB3) ‘estaciona’ nos centavos e fica mais distante do R$ 1; CEO vê oportunidades para futuro da empresa

30 dez 2024, 13:54 - atualizado em 30 dez 2024, 18:47
Automob
Automob atua no segmento de concessionárias de veículos, incluindo veículos leves, caminhões, linha amarela e máquinas agrícolas (Imagem: Divulgação)

As ações da Automob (AMOB3), fruto da cisão das concessionárias de automóveis do grupo Simpar (SIMH3), estrearam na bolsa com uma particularidade: cotadas abaixo de R$ 1, ou seja, como penny stock.

De acordo com as regras da B3, os papéis não podem negociar por menos de R$ 1 por mais de 30 sessões seguidas. É uma medida para evitar distorções no mercado.

Em entrevista ao Money Times, o CEO da companhia, Antônio Barreto Junior, afirmou que a precificação se deve à metodologia de cisão definida em acordo com a B3.

“A regra de deságio para o primeiro dia de negociação foi baseada no Ebitda de 2023. Como o resultado das concessionárias do agro da Vamos estavam sofrendo e o consolidado naquele ano foi próximo a zero, o valor de deságio foi simbólico”, afirma.

Ainda segundo ele, o valor é simbólico e o preço de tela convergirá para um patamar alinhado ao verdadeiro potencial da companhia.

Apesar disso, nesta sessão o papel voltava a cair.

Nesta segunda-feira (30), a ação fechou em queda de 2,86%, na liderança das perdas do Ibovespa. A empresa até estreou na bolsa com disparada de 217%, a R$ 0,47. Mas de lá para cá, tombou 27,66%, a R$ 0,34, ainda distante do R$ 1.

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Oportunidades na mesa

No Giro do Mercado, programa que vai de segunda a sexta no Youtube do Money Times, o CEO disse que vê momento de fragilidade do setor agrícola como uma oportunidade para crescimento e consolidação.

O ano de 2024 do agronegócio ficou marcado por margens comprimidas para commodities agrícolas, o que afetou a rentabilidade dos produtores rurais e de empresas.

Também foi visto um aumento dos pedidos de recuperação judicial no setor, incluindo o da AgroGalaxy (AGXY3), considerado como um dos mais notórios do ano no setor.

Veja a entrevista completa abaixo:

Segundo Barreto, a Automob, que atua no segmento de concessionárias de veículos, incluindo veículos leves, caminhões, linha amarela e máquinas agrícolas, enxerga 0 momento como uma oportunidade para ocupar espaços deixados por concorrentes que não se saíram bem e para realizar aquisições estratégicas.

O CEO aponta que a diversificação da empresa, com o negócio do agro não sendo majoritário, diminui o risco.

Em relação à alta da Selic, Barreto diz que empresa reconhece a importância do crédito para a venda de carros e que busca as melhores ofertas de crédito para seus clientes.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.