Automob (AMOB3): O que está por trás da queda de até 7% nesta quarta-feira (26)?

As ações da Automob (AMOB3) performam na ponta negativa do Ibovespa (IBOV) no pregão desta quarta-feira (26). Na véspera, o conselho de administração da companhia aprovou a proposta de grupamento de ações na proporção de 50 para 1. Agora, a decisão será submetida à Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária.
Os papéis encerraram com queda de 7,41%, a R$ 0,25, na mínima do dia. Acompanhe o tempo real.
Ações negociadas abaixo de R$ 1 são chamadas penny stocks e, de acordo com as regras da B3, não podem negociar valendo centavos por mais de 30 sessões seguidas. É uma medida para evitar distorções no mercado.
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O grupamento é um caminho utilizado para elevar o valor de uma ação, consolidando um número de ações existentes em um número menor, resultando assim em um aumento proporcional no valor de cada uma.
Atualmente com 1,9 bilhões de ações, com o grupamento a companhia passará a ter 37,9 milhões de ações, mantendo o capital social em R$ 2,5 bilhões.
Além do alinhamento com o Regulamento de Emissores da B3, a empresa busca evitar que oscilações irrisórias representem percentuais elevados, reduzindo a volatilidade dos papéis, que constantemente se destacam na Bolsa por esta razão.
Automob pode dar adeus ao Ibovespa
O Ibovespa (IBOV) terá uma nova carteira a partir de maio e, na previsão do BTG Pactual, a Automob deve deixar o índice, que passou a integrar em dezembro com a cisão de negócios da a Vamos (VAMO3).
Na última semana, a companhia enfrentou forte desvalorização dos papéis devido aos números do balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24). O grupo de concessionárias de veículos teve prejuízo líquido de R$ 101 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, revertendo resultado ligeiramente positivo de um ano antes.
O Ebita (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 62 milhões, uma queda de 27,3% na comparação com o mesmo período de 2023 e recuou de 52% ante o trimestre anterior. A margem caiu de 0,8%, reportados no 4T23 para a 3,1% negativos no trimestre encerrado em dezembro.
Em termos ajustados, a empresa teve prejuízo de R$ 7 milhões no 4T24. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 127 milhões ante R$ 67 milhões um ano antes.