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Auren Energia (AURE3): XP eleva recomendação para compra e vê potencial de quase 40% para as ações

04 dez 2024, 11:47 - atualizado em 04 dez 2024, 18:38
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Ações da Auren subiram mais de 4% na primeira hora das negociações no Ibovespa; XP elevou recomendação para compra (Imagem: Getty Images)

As ações da Auren Energia (AURE3) despontaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) já nos primeiros minutos do pregão desta quarta-feira (4), mas perderam o fôlego ao longo da sessão. 

AURE3 terminou o dia com baixa de 1,25%, a R$ 9,50. Na máxima do dia, os papéis registraram ganhos de 4,47% (R$ 10,05). Acompanhe o Tempo Real. 



O motivo por trás da breve alta é a elevação da recomendação de neutra para compra pela XP Investimentos, com preço-alvo de R$ 13,30 por ação — o que representa um potencial de valorização de 38,3% sobre o preço de fechamento da última terça-feira (3). 

Segundo os analistas, a revisão positiva considera, entre outros fatores, a recente fusão com os ativos da AES Brasil — que, na avaliação deles, pode reduzir o custo da dívida da companhia. 

Apesar do avanço hoje, os papéis da Auren acumulam baixa de quase 25% no ano. 

Para a XP, “o preço das ações foi afetado pela perspectiva de menores pagamentos de dividendos nos próximos anos, após vários anos de alto rendimento de dividendos, o que impactou sua base de acionistas de varejo”. 

Além disso, os ativos da Auren foram fortemente impactados pelo aumento do curtailment [capacidade de geração de energia] implementado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

Mas a companhia não é a única com desempenho negativo no setor de geração de energia. 

Segundo a XP, todas as empresas foram significativamente impactadas pela recente queda do mercado, levando a taxas internas de retorno (TIRs) reais alavancadas “extremamente descontadas”. 

Por que comprar as ações AURE3? 

Nas contas dos analistas da XP, as ações da Auren Brasil estão “atraentes” com uma taxa interna de retorno (TIR) real de 19,1% — acima da média do setor, que é de aproximadamente 12%. 

“Apesar de um cenário desafiador em relação ao curtailment no curto a médio prazo e alta alavancagem após a aquisição da AES, vemos as ações sendo negociadas muito descontadas”, escrevem Vladimir Pinto e Bruno Vidal em relatório. 

Além disso, os analistas apontam três motivos para a recomendação de compra dos papéis. 

O primeiro deles é a aquisição recente da AES Brasil. O processo de fusão entre as companhias foi concluído no final de outubro.  

“Acreditamos que a Auren pode criar valor ao aprimorar as usinas de energia renovável da AES Brasil e reduzir seu custo de dívida”

Por outro lado, os analistas consideram que a grande base hidrelétrica da AES é “particularmente vantajosa” em um cenário onde a flexibilidade tornou-se um ativo crítico. 

“Embora exista a possibilidade de extensão dos direitos de concessão para usinas hidrelétricas (provavelmente com uma taxa associada), atualmente não há uma definição clara sobre essa questão”, dizem em relatório. 

O portfólio diversificado da companhia é o segundo fator positivo, na visão da XP. A Auren combina fontes renováveis intermitentes (eólica e solar) com ativos hidrelétricos flexíveis. 

“Essa diversificação permite que a Auren otimize seu portfólio e gerencie efetivamente seu balanço energético, tornando-se ainda mais relevante em um cenário de aumento do curtailment”, escrevem Vladimir Pinto e Bruno Vidal. 

Os analistas ainda consideraram a parceria da Auren com a Vivo (VIVT3) para atender clientes varejistas no mercado livre. 

“Acreditamos que esse movimento estratégico é sensato, pois o principal desafio nesse mercado reside em atender eficientemente essa nova base de clientes a um custo razoável, especialmente quando iniciativas digitais sozinhas podem não ser suficientes.”

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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