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Auren (AURE3) vai incorporar AES Brasil (AESB3), criando 3º maior geradora do Brasil; veja detalhes da operação

15 maio 2024, 19:51 - atualizado em 15 maio 2024, 20:29
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No documento, a Auren explica que a combinação de negócios da Auren com a AES criará uma relevante plataforma com potência instalada de 8,8 GW (Imagem: Pixabay)

A Auren (AURE3) anunciou a incorporação dos ativos da AES Brasil (AESB3), criando a terceira maior geradora do Brasil, mostra fato relevante enviado ao mercado nesta quarta-feira (15).

Segundo a empresa, a operação ocorrerá por meio de uma reorganização societária que, ao final, resultará na conversão da AES em subsidiária integral da elétrica e na unificação das bases acionárias da Auren e da AES Brasil.

De acordo com o documento, para cada uma ação ordinária detida pelos acionistas da AES, serão entregues 0,762376237623 ações da Auren.

Com base na relação de troca, aos acionistas da AES Brasil serão concedidas três opções: o acionista poderá optar por receber ações mais o dinheiro, uma opção intermediária ou só o dinheiro. Veja a seguir:

A opção um, segundo a empresa, será considerada a padrão aplicável a todos os acionistas da AES que não manifestarem, na forma e nos prazos a serem divulgados quando da consumação da operação, sua escolha pela opção 2 ou pela opção 3.

Dessa forma, o acionista da AES que optar pelo recebimento de dinheiro levará para casa um prêmio de 18% em relação ao fechamento desta quarta-feira (a ação encerrou o pregão em R$ 9,78).

Já a AES Corporation, acionista controladora indireta da AES, enviou nesta data carta à Auren e à AES Brasil informando que optará pela opção 3 e recebimento de 100% de sua participação em moeda corrente nacional.

Por outro lado, a Votorantim S.A., acionista parte do bloco de controle da Auren, optou pela opção 1 e recebimento de participação equivalente a 90% do seu investimento na AES em ações ordinárias da Auren e 10% em moeda corrente nacional.

Terceira maior geradora do Brasil

No documento, a Auren explica que a combinação de negócios criará uma relevante plataforma com potência instalada de 8,8 GW composta por um portfólio robusto de geração de energia totalmente renovável e Ebitda combinado, relativo ao ano de 2023, de R$ 3,5 bilhões.

“A Auren, como empresa combinada resultante, se tornará a 3ª maior empresa geradora de energia do Brasil e uma das melhores combinações do país sob o aspecto de diversificação de fontes renováveis, através da distribuição de sua capacidade em geração hidrelétrica (54%), geração eólica (36%) e geração solar (10%)”, explica.

Atualmente, a Auren ocupa a 11ª posição entre as maiores geradoras do Brasil.

Ademais, a empresa diz que a operação o consolidará a liderança já detida pela Auren como a maior comercializadora de energia do Brasil, que passará a ter uma vantagem competitiva adicional com a agregação de capacidade de geração da companhia combinada.

A Auren Comercializadora passará a negociar 4,1 GW médios de energia, equivalente a mais de 5% do consumo total do país depois da operação.

“Das mais de duas dezenas de processos que a companhia avaliou neste período, nenhum apresentou tanta sinergia, alinhamento estratégico e potencial transformacional para a Auren quanto a AES Brasil”, afirmou o presidente da Auren, Fabio Zanfelice, em nota.

Segundo ele, o acordo criará a “mais completa plataforma renovável do setor elétrico brasileiro e inúmeras oportunidades de criação de valor para nossos acionistas”.

Adeus, americanos

Após 26 anos no Brasil, a americana AES sairá do Brasil. A notícia foi adiantada ainda em janeiro, pelo colunista do O Globo, Lauro Jardim.

A americana AES está no país desde 1997 e aportou aqui em meio às privatizações do setor realizadas pelo governo de FHC. Entre os problemas da companhia, estava sua alta alavancagem.

Além disso, os ativos hídricos da AES Brasil têm sua concessão expirando em 2031/2, e a possibilidade de sua renovação ainda precisa ser regulamentada.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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