Aura Minerals reverte lucro e tem prejuízo de US$ 14,5 milhões no 3º trimestre
A Aura Minerals (AURA33) reverteu o lucro líquido de US$ 24,58 milhões registrado no terceiro trimestre de 2020 e encerrou o período de julho a setembro deste ano com prejuízo de US$ 14,58 milhões, de acordo com os dados divulgados pela mineradora canadense nesta terça-feira (9).
O resultado foi impactado, entre outras coisas, pelo impairment de US$ 21,2 milhões da mina Gold Road, bem como pela deterioração do real em relação ao dólar norte-americano e pelas despesas financeiras e de imposto de renda.
A companhia registrou receita líquida de US$ 100,53 milhões no trimestre, alta de 12% no comparativo anual. A Aura foi beneficiada pelo aumento de 14% da produção total, principalmente na mina Aranzazu, e pela inclusão da Gold Road nos resultados.
Segundo a Aura, a receita poderia ter crescido mais em relação à produção, se não fosse pela redução nos preços do ouro entre o terceiro trimestre de 2020 e o terceiro trimestre de 2021. Os preços do cobre, embora tenham aumentado de maneira significativa, já refletem no total de onças produzidas de ouro (GEOs) mais alto reportado na produção em Aranzazu.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado subiu 14% e totalizou US$ 36,45 milhões, com a fatia de Aranzazu respondendo por US$ 16,3 milhões.
O que esperar do 4º trimestre?
A Aura aproveitou para atualizar suas projeções, com produção esperada ao fim de 2021 de 264-272 mil GEOs (ante 264-295 mil GEOs).
Os resultados da Aura vieram em linha com o que a XP Investimentos esperava. A corretora reiterou a compra do BDR (Brazilian Depositary Receipt, certificado emitido no Brasil que possui como lastro uma ação emitida no exterior) e o preço-alvo de US$ 95.
A corretora está otimista com o que pode vir no próximo trimestre. As minas em San Andres, interrompidas por bloqueios em julho, devem voltar a operar com estabilidade. A Aura projeta aumento de capacidade de produção no quarto trimestre.