Aura Minerals deixará cenário desafiador nas minas para trás; 4º trimestre será mais forte
A Aura Minerals (AURA33) reportou números operacionais mais fracos no terceiro trimestre deste ano. Os dados vieram um pouco abaixo das estimativas do Credit Suisse.
Segundo o banco, a companhia viveu um período mais desafiador, tendo as operações da mina San Andres sido interrompidas em julho devido a bloqueios realizados por um pequeno grupo. Já a mina Ernesto/Pau-a-Pique (EPP) foi afetada por chuvas não sazonais, enquanto a Gold Road continua enfrentando problemas com seu ramp-up.
Ainda assim, o volume produzido no trimestre veio 7% maior em relação ao intervalo entre julho e setembro de 2020, totalizando 61,5 mil onças equivalentes de ouro. As atividades em Aranzazu impulsionaram o desempenho, responsável pela produção de 26,7 mil onças equivalentes de ouro (+49% ano a ano).
Apesar dos resultados aquém do esperado, o Credit Suisse acredita que o quarto trimestre será melhor para a companhia.
“Embora a produção no terceiro trimestre de 2021 tenha sido ligeiramente menor do que no trimestre anterior, esperamos que a produção gradualmente cresça ao longo do quarto trimestre de 2021, com melhores números em EPP e Aranzazu e maiores volumes de San Andres”, afirmou o analista Caio Ribeiro, em relatório divulgado na segunda-feira.
O Credit Suisse reiterou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e o preço-alvo de R$ 83 para o BDR (Brazilian Depositary Receipt, certificado emitido no Brasil que possui como lastro uma ação emitida no exterior). O banco continua vendo a Aura como uma boa história de crescimento/dividendo, dado o seu potencial significativo de expansão.
A ação também é negociada a patamares atrativos: 3,4 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) em 2022 versus 5-6 vezes EV/Ebitda dos pares.