Jair Bolsonaro

Atuação dos filhos de Bolsonaro preocupa equipe do presidente eleito

07 dez 2018, 8:41 - atualizado em 07 dez 2018, 8:41

A atuação intensa dos filhos de Jair Bolsonaro preocupa integrantes da equipe do presidente eleito. O vereador Carlos Bolsonaro, do Rio, é o que mais causa apreensão, desde a campanha eleitoral, informa nesta sexta-feira (7) a coluna da jornalista Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, o parlamentar é considerado o mais tempestuoso dos três filhos de Bolsonaro que seguiram carreira política. “E o mais propenso a gerar crises, ainda que permaneça distante do núcleo do futuro governo”, destaca o jornal.

Carlos Bolsonaro já se desentendeu com o futuro secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno,
e acaba de comprar briga com um dos parlamentares eleitos mais próximos do futuro presidente, Julian Lemos (PSL-PB).

No entrevero, o vereador pediu que Lemos pare de “aparecer atrás” do presidente eleito, “por algum motivo como faz sempre”. Julian Lemos diz que não quer comentar os ataques. E afirmou: “Fui forjado acompanhando, por quatro anos, a vida política de Bolsonaro, vendo seu exemplo e ouvindo seus conselhos. Sou soldado de primeira hora. Respeito a família, mas só sigo as orientações do presidente. Ele me lidera e só aceito o seu comando”.

Numa postagem recente no Twitter, Carlos Bolsonaro chegou a declarar que a morte de Bolsonaro interessa a pessoas próximas.

Segundo a reportagem, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro fala demais, na opinião de auxiliares do presidente. É dele a declaração de que bastariam um soldado e um cabo para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal), o que gerou uma crise com a corte.

Já o filho mais velho, Flávio Bolsonaro, que foi eleito senador pelo Rio, é considerado o mais maduro, ponderado e amistoso dos três. É definido como “um amor de pessoa” por um político do círculo íntimo do presidente eleito. Ontem (6), no entanto, ele foi envolvido na notícia de que um ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão, de forma atípica. E virou um dos assuntos mais comentados do Twitter.

Investigação

Flávio Bolsonaro empregou em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a mulher e as duas filhas de seu ex-assessor e policial militar Fabrício Queiroz, informa a coluna de Lauro Jardim publicada nesta sexta-feira em O Globo.

Conforme revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”, um relatório do Coaf aponta que Fabrício teve movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em suas contas bancárias num período de doze meses. Ele trabalhou até outubro com Flávio e, ao menos por enquanto, será nomeado no gabinete do senador eleito, após a posse.

O sargento Fabrício entrou na Polícia Militar em dezembro de 1987, e recentemente completou 35 anos de serviço, tendo conseguido reserva remunerada este ano — a decisão foi publicada em novembro deste ano. Na Alerj, Fabrício foi requisitado por Flávio para trabalhar em seu gabinete em 28 de março de 2007. Nunca mais saiu do lado do filho do presidente da República. Não só ele.

Além de Fabrício, sua mulher, Márcia Aguiar, e duas filhas, Nathália e Evelyn, também foram empregadas por Flávio Bolsonaro. Uma delas continua nomeada no gabinete.

Márcia exerceu cargo de consultora parlamentar entre 2 de março de 2007 a 1o de setembro de 2017, com salário de R$ 9.835,63. Já Nathália foi nomeada no gabinete da vice liderança do PP, de Flávio, em 20 de setembro de 2007, e ficou lá até 1o de fevereiro de 2011. Recebia R$ 6.490,35.

De 1º de abril de 2011 a 11 de agosto de 2011, passou para outro cargo, no valor de R$ 2.950,66 bruto, no Departamento Taquigráfico e Debates. De 12 de agosto de 2011 a 13 de dezembro de 2016, foi para a terceira empreitada, também sob o aval de Flávio. Tornou-se sua assessora parlamentar, em outro cargo, com valor de R$ 9.835,63.

A outra filha, Evelyn, foi nomeada em 13 de dezembro de 2016 assessora parlamentar de Flávio, no mesmo tipo de cargo que antes era ocupado pela irmã.

Procurado, Flávio Bolsonaro afirmou que todas as nomeações foram publicadas em Diário Oficial e que “não há nada a esconder”.

“Na relação de confiança que tínhamos, ao longo do tempo ele pediu oportunidades de trabalho a seus familiares e eu atendi. São pessoas trabalhadoras, com uma grande rede de relacionamentos e que me trouxeram resultado político onde atuam, como Jacarepaguá, Osvaldo Cruz e São João de Meriti”, declarou Flávio.

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