Internacional

‘Atrasado e errado’: Trump critica Powell e diz que ‘mal pode esperar’ por sua demissão

17 abr 2025, 8:33 - atualizado em 17 abr 2025, 9:00
powell trump eua
(Imagem: REUTERS/Carlos Barria)

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, voltou a criticar o chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, cobrando cortes na taxa de juros do país. “O ‘atrasado’ Jerome Powell, do Fed, sempre chega ‘TARDE DEMAIS E ERRADO'”, disse nesta quinta-feira (17) na rede social, Truth.

O republicano acredita que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) já deveria ter reduzido as taxas de juros “há muito tempo”. O Fomc está em compasso de espera há duas reuniões, mantendo os juros no patamar de 4,25% a 4,50% ao ano.

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Segundo o presidente norte-americano, a queda dos preços do petróleo e dos alimentos — com destaque para os ovos —, além das tarifas de importação impostas pelo novo governo, dão embasamento para cortar a taxa.

“O atrasado deveria ter reduzido as taxas de juros, como o BCE, há muito tempo, mas certamente deveria reduzi-las agora”, disse

Fomc em compasso de espera

Contrariando Trump, Powell afirmou, ontem, no Clube Econômico de Chicago, que as “mudanças políticas significativas” do novo governo devem afastar o banco central dos EUA de suas metas.

“Podemos nos encontrar em um cenário desafiador em que nossas metas de duplo mandato estejam em tensão”, disse. “Se isso ocorrer, consideraremos o quão distante a economia está de cada meta e os horizontes de tempo potencialmente diferentes ao longo dos quais se prevê que essas respectivas lacunas se fechem”.

Isso porque, segundo o chair do Fed, as tarifas de importação devem gerar inflação mais alta e crescimento mais lento.

Ele, inclusive, pontuou que o crescimento econômico dos EUA já parece estar desacelerando, em meio a um crescimento moderado dos gastos do consumidor, uma onda de importações para evitar tarifas que devem pesar nas próximas estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) e piora da confiança.

Ainda assim, Powell afirmou que os efeitos da política tarifária permanecem “altamente incertos” e é esperado que a volatilidade nos mercados permaneça por algum tempo.

O chair também disse não acreditar que a independência do banco central norte-americano esteja em perigo, uma vez que ela é garantida por lei. “O Fed nunca será influenciado por nenhuma pressão política”.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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