Meio Ambiente

Ativistas pedem compromisso do Banco da Inglaterra contra mudança climática

14 out 2019, 7:11 - atualizado em 14 out 2019, 7:13
BoE Banco Central da Inglaterra Reino Unido
Movimento pede que os ministros do governo estabeleçam uma assembleia de cidadãos para analisar as mudanças climáticas e elaborar propostas que possam ser incluídas na legislação (Imagem: Reuters/Hannah McKay)

Centenas de ativistas do movimento para o combate à mudança climática Extinction Rebellion bloquearam ruas nos arredores do Banco da Inglaterra na segunda-feira, em protesto ao financiamento do setor financeiro aos combustíveis fósseis em todo o mundo.

A ação marca o início da segunda semana de tumultos nos arredores de Londres pelo grupo que teve como alvo prédios estatais, pontes e principais mercados de abastecimento para alertar que governos e empresas não estão agindo rápido o suficiente para combater as mudanças climáticas.

“Chegou a hora de termos uma conversa adulta sobre o sistema econômico e jurídico que está matando a vida na Terra“, disse Gail Bradbrook, cofundadora da Extinction Rebellion. “É hora de pensar em que tipo de sistema financeiro precisamos para apoiar a prosperidade da vida na Terra.”

Entre várias demandas, o movimento quer que políticos reduzam as emissões líquidas a zero em todo o mundo até 2025, um quarto de século mais rápido que os planos atuais do Reino Unido. O movimento pede que os ministros do governo estabeleçam uma assembleia de cidadãos para analisar as mudanças climáticas e elaborar propostas que possam ser incluídas na legislação.

A polícia de Londres prendeu 1.336 manifestantes, tentando equilibrar o direito dos cidadãos de protestar e, ao mesmo tempo, amenizar o impacto das manifestações para os londrinos. Dezenas de policiais estavam de prontidão na estação Bank Underground na segunda-feira.

A pressão sobre as empresas para desinvestir em combustíveis fósseis nunca foi tão alta. No entanto, um relatório recente da maior iniciativa de investidores para combater as mudanças climáticas disse que as empresas mais poluentes do mundo não estão agindo rápido o suficiente para se alinhar ao Acordo de Paris sobre o aquecimento global.

O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, está na vanguarda de um esforço para que empresas sejam mais transparentes sobre seus riscos climáticos. Em recente entrevista ao jornal The Guardian, ele disse que os setores que não tomarem medidas para a emissão zero de carbono serão punidos pelos investidores, sob risco de falência.

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