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Atividade da indústria da Zona do Euro volta a contrair em setembro por contas de energia, mostra PMI

03 out 2022, 7:35 - atualizado em 03 out 2022, 7:36
indústria
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global caiu para a mínima de 27 meses de 48,4 em setembro contra 49,6 de agosto (Imagem: REUTERS/Fabian Bimmer/Files)

A atividade industrial da zona do euro contraiu ainda mais no mês passado, uma vez que a crise do custo de vida deixou os consumidores cautelosos, enquanto a alta das contas de energia limitou a produção, mostrou pesquisa nesta segunda-feira.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global caiu para a mínima de 27 meses de 48,4 em setembro contra 49,6 de agosto.

O resultado ficou abaixo da leitura preliminar de 48,5 e da marca de 50 que separa crescimento da contração.

O subíndice de produção recuou para 46,3, de 46,5, marcando o quarto mês de leitura abaixo de 50.

“A combinação feia de um setor industrial em recessão e as crescentes pressões inflacionárias aumentarão ainda mais as preocupações sobre as perspectivas da economia da zona do euro”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global.

“Excluindo os lockdowns iniciais pela pandemia, os fabricantes da zona do euro não vem um colapso da demanda e da produção nesta escala desde o auge da crise financeira global no início de 2009.”

A demanda caiu no ritmo mais rápido desde a época em que a pandemia de coronavírus estava se espalhando pelo mundo e os estoques de produtos acabados não vendidos aumentaram à medida que as fábricas elevaram os preços para atender aos custos crescentes.

Isso significa que o otimismo diminuiu e o índice de produção futura, que avalia as perspectivas dos gerentes de compras em 12 meses, entrou em rápido declínio. Ele caiu de 52,7 para 45,3, sua leitura mais baixa desde maio de 2020.

“A combinação do aumento dos custos e da queda da demanda também fez com que as expectativas das empresas para o próximo ano voltassem a baixar drasticamente em setembro, levando, por sua vez, à redução da compra de insumos e ao menor crescimento de empregos à medida que as empresas se preparam para um inverno rigoroso”, disse Williamson.

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