Aterrissagem das economias e menor pressão inflacionária no radar da potencial 4ª onda da covid
A quarta onda da covid-19 quase uma realidade neste outono do Hemisfério Norte e da Ásia, e podendo avançar para o inverno, não é algo a ser desprezado pelos mercados.
A China com sua política de “zero vírus”, impondo restrições em algumas províncias, a Europa monitorando medidas a serem tomadas a partir do lockdown da Áustria e do endurecimento da Alemanha, e os Estados Unidos voltando a ter novas altas nas últimas duas semanas, podem criar uma nova aterrisagem da economia global.
O lado positivo é que qualquer diminuição no fluxo global de mercadorias ajudará a tirar a pressão inflacionária que acomete boa parte do mundo, especialmente pela demanda de commodities agropecuárias e de energia.
O primeiro sinal dos humores dos mercados, como sempre, é o petróleo, que havia subido 60% no ano, com os produtores graduando lentamente o bombeamento em meio ao aquecimento das economias.
Desde o dia 2 de novembro, o barril do Brent perdeu mais de US$ 6. Chegou à última sexta a pouco mais de US$ 78 (recuou mais de 3,40% nesse dia), voltando à mínima de 1º de outubro.
Por quanto tempo o cenário pode perdurar não se sabe, mas como a situação já se repetiu nesses quase dois anos de pandemia, os sinais estão dados, mesmo que a gravidade de antes não se repita pelo espectro vacinal mais elevado, inclusive pela dose de reforço