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Até que ponto crise hídrica secou o potencial da Hidrovias do Brasil?

22 set 2021, 11:13 - atualizado em 22 set 2021, 11:13
Críse hídrica
Além do impacto da seca, a empresa é prejudicada com a safra de milho mais fraca neste ano, observam analistas (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A crise hídrica — que toma conta do Brasil nesta segunda metade do ano — está minando o potencial de valorização das ações da Hidrovias do Brasil (HBSA3) na Bolsa de Valores brasileira, ao passo que a própria companhia agro reconhece a manutenção da navegação de forma restritiva no Corredor Sul em setembro, devido à baixa dos rios pela seca.

Analistas do BTG Pactual (BPAC11) optaram por cortar o preço-alvo dos papéis da Hidrovias do Brasil para R$ 8 por ação em 12 meses, incorporando a redução nas projeções financeiras (guidance) da empresa no acumulado de 2021.

Os volumes de transporte esperados para o ano, assim como o Ebitda (lucro antes de impostos, amortização e depreciação) projetado pela Hidrovias, foram revisados para baixo em 27% e 20%, respectivamente.

“Além do impacto da seca, a empresa é prejudicada com a safra de milho mais fraca neste ano. Dado o cenário, ajustamos nossas estimativas para a receita líquida em 2021, que deve recuar 19%, assim como o Ebitda, já o lucro líquido no período deve minguar 109%”, advertem os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil.

O BTG tem recomendação de compra para as ações da Hidrovias, com potencial de valorização de 205%, considerando o valor atual da cotação.