Até que demorou, mas depois do milho é questão de tempo a aprovação da produção de soja Bt na China
Se juntar nacionalismo e necessidade era uma questão de tempo para que a China adotasse a produção de grãos transgênicos. Até que demorou, desde que a ChemChina adquiriu a Syngenta, em 2016, e diante do aumento das importações do país sem que sua produção doméstica crescesse apesar de vários programas de segurança alimentar.
Mas Pequim autorizou primeiro variedades do milho da Syngenta, que deve experimentar uma aceleração produtiva, encurtando a demanda externa em alguns anos, e de custos menores, na medida em que os organismos Bt (abreviação da bactéria introduzida para modificar o código genético) são mais resistentes às pragas.
Agora é questão de tempo para que aprove também a soja, a principal commodity importada, cuja estimativa para 2022 gira entre 90 a 100 milhões de toneladas.
A produção local mal sai das 16 a 17 milhões de toneladas por safra e ainda rivalizada com o milho, que foi mais plantado em 2021 pelos produtores locais devido a melhores preços.
O grão da oleaginosa geneticamente modificado é responsável pelo salto produtivo, multiplicado por várias vezes nos Estados Unidos, Argentina e Brasil – aqui, autorizado em 1998.
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