Até quando o mercado vai bater na Oi (OIRB3)? Ação cai 3,92% e encosta em mínima histórica
Após despencar 7% no pregão de ontem, as ações da Oi (OIBR3) fecharam em queda de 3,92% nesta terça-feira, a R$ 0,49, e se aproximaram na mínima histórica de R$ 0,47, registrada em abril de 2020, auge da pandemia.
Esse é o menor patamar para as ações da empresa brasileira de telecomunicações no ano. No acumulado de 2022, o papel já soma queda de 32%.
Queda atrás de queda da Oi
Em processo de recuperação judicial, a Oi foi obrigada a vender alguns de seus ativos mais valioso para se reestruturar.
A última venda de ativo que efetivamente gerava caixa para a companhia foi a da empresa de fibra ótica.
Na sexta-feira (10), a tele concluiu a venda parcial da V.tal aos fundos do BTG Pactual, juntamente com a Globenet Cabos Submarinos.
Além disso, Charo Alves, especialista da Valor Investimentos, lembra que os juros elevados agravam o alto endividamento da companhia.
“Essas empresas com a saúde abalada ‘apanham’ muito mais com a alta dos juros do que a média, pois os investidores optam por sair dessas apostas de recuperação para ativos mais seguros, como a renda fixa ou empresas grandes, de commodity e bancos, por exemplo”, diz.
Alves ainda ressalta que a reestruturação da companhia ainda não tem nenhuma ponta clara que faça o mercado precificá-la e levar fluxo ao papel.
“Não tem uma expectativa de grande fluxo para as ações da Oi, no momento”, afirma.
Gabriel Meira, também especialista da Valor, diz que grande pergunta para a companhia é: o que tem ainda dentro da Oi que vai gerar receita?
Ele avalia que a queda das ações é um reflexo do fato dos investidores não acreditarem no case da empresa — assim como o mercado, que também não vê a companhia se reerguendo.
“Se continuar do jeito que está, de a empresa não mostrar para o mercado que há uma alternativa para se tornar lucrativa, a tendência é que o mercado continue ‘batendo’ na ação e a queda continue”, coloca Meira.
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