Até onde vai o dólar?
Após passar por alguns meses de depreciação do real em relação ao dólar, como resultado da inesperada eleição de Donald Trump e a disposição do BC americano em subir os juros, a moeda brasileira entrou em uma nova trajetória de apreciação.
Assim, o dólar passou do nível perto de R$ 3,50 no início de dezembro, para cerca de R$ 3,11 nesta segunda-feira.
Alguns fatores internos têm sido responsáveis pela recente força do real, aponta o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira.
Ele cita, em relatório, a aprovação da PEC do teto de gastos, a perspectiva positiva para a aprovação da reforma da previdência, melhor gestão macroeconômica, fim da recessão, menor déficit em conta corrente, melhores preços para as commodities e projeção de desaceleração do aumento de juros nos EUA.
“Assim, prevemos que a taxa de câmbio nominal situe-se no range R$2,90-R$3,20/USD nos próximos meses, sobretudo se o Fed sinalizar postura menos hawkish na reunião de 15 de março e o governo for bem sucedido na aprovação da reforma da previdência ainda no primeiro semestre. Julgamos os dois eventos como bastante prováveis”, ressalta Oliveira.