Até onde vai a disparada do petróleo? Árabes querem commodity nos US$ 100, diz analista
O petróleo surfa uma maré positiva no segundo semestre de 2023. Desde que atingiu a mínima do ano — em 12 de junho, a US$ 71,84 –, a commodity do tipo Brent salta 27,90% até o fechamento de quarta-feira (13).
Na sessão desta quinta (14), às 11h20, a cotação subia mais 1,78%, valendo US$ 93,52.
O mesmo acontece com o petróleo referência nos Estados Unidos, o WTI, que acumula valorização de 32,63% desde a maior baixa do ano — em 17 de março, a US$ 66,74. Hoje, a commodity saltava 1,72% e chegou a romper a barreira dos US$ 90.
Segundo o analista chefe da Empiricus Research, João Piccioni, “tudo indica que o petróleo deve seguir em tendência de alta até o final do ano”. Dados da Opep e do departamento americano de energia evidenciam um déficit na produção.
Depois dos cortes da Arábia Saudita e da Rússia, o consumo de estoques deve continuar pressionando os preços. “Pela ótica da pressão de preços pela oferta, provavelmente, o preço deve continuar na tocada de alta”, ressalta Piccioni.
O analista ainda destaca que há riscos de mais cortes na produção, pois “a Arábia se interessa muito no petróleo na faixa dos US$ 100”. Isso, segundo ele, dá munição para eles aumentarem a expansão de seus projetos, além de diversificarem o portfólio.
Quais os riscos para a pernada do petróleo?
Segundo o analista chefe da Empiricus, um dos principais risco para a pernada do petróleo seria as economias entrarem em plano de recessão.
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Piccioni, no entanto, ressalta que os EUA, por exemplo, está com uma dinâmica relativamente forte na economia, puxada pelos pacotes de estímulo e planos fiscais muito contundentes.
Além disso, mesmo que os países europeu “patinem”, é provável que o petróleo se sustente nos patamares atuais, avalia.
“Não me parece que a economia vai desacelerar o suficiente para inibir o consumo de óleo, a ponto de voltar a ter um enquadramento desse equilíbrio entre oferta e demanda”, diz.
Outro risco, segundo o analista da Quantzed, Vitorio Galindo, é a Opep decidir “abrir a torneira” — ou seja, aumentar a produção. Assim, a demanda pode voltar a cair.