Até logo, Barbie: Mattel não sentiu ‘onda rosa’ no 2T23
Com a “Barbie mania” tomando conta das salas de cinema, todos os olhos se voltaram para o balanço trimestral da Mattel (MAT) para conferir se o sucesso de bilheteria e marketing se materializaria em expansão da margem da empresa.
A propósito, a expectativa por um ‘efeito Barbie’ nos números da companhia apoiou um rali de quase 15% das ações da Mattel nos últimos 30 dias. Mas realidade não foi tão cor de rosa assim. Ao menos ainda.
Nos números divulgados ontem, a tradicional fabricante de brinquedos reportou um lucro ajustado de US$ 0,10 por ação, uma queda de 44% em relação ao registrado no ano passado. Já a receita de US$ 1.09 bilhão representou redução de 12% com relação ao mesmo período do ano passado.
A queda da receita geral da Mattel foi acompanhada, curiosamente, de uma retração de 6% da receita com vendas da Barbie. No total, foram US$ 282.7 milhões no trimestre.
Apesar da desaceleração, considera típica para este período do ano no setor de brinquedos, os números foram suficientes para bater as expectativas dos analistas de Wall Street. A Mattel (MAT) fechou o pregão desta quinta-feira com uma queda marginal de 0,38%.
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Efeito Barbie fica para depois
Segundo analistas do mercado, o impacto real de Barbie será melhor mensurado nos resultados do terceiro trimestre do ano.
Como o filme estreou em julho, a receita com bilheteria não tem impacto em números anteriores. A Mattel também deve ter um melhor entendimento do quanto faturou com a concessão de direitos de nome a empresas parceiras quando os contratos expirarem.
Em Wall Street, estima-se que o filme Barbie gere uma receita bruta de até US$ 550 milhões, dos quais US$ 100 milhões iriam diretamente para a empresa.
Eufóricos com um segundo semestre ‘mágico’, a Mattel reiterou um guidance otimista para o fim de 2023: a fabricante de brinquedos buscará uma margem de 47% no final de dezembro, contra 45.2% registrados em 2022.