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Até à próxima, Movida (MOVI3) e Santos Brasil (STBP3): Ágora faz 2 trocas na sua carteira de Small Caps para junho

30 maio 2024, 13:35 - atualizado em 30 maio 2024, 13:35
small caps ações
Confira 5 Small Caps recomendadas pela Ágora para ter na carteira no próximo mês; entenda as escolhas dos analistas (Imagem: Getty Images)

A Ágora Investimentos realizou duas mudanças na sua carteira com 5 ações Small Caps para o mês de junho. Na composição da carteira, foram consideradas os ativos que fazem parte do índice de Small Caps (SMLL) da B3 ou eventuais outros ativos que atendam a tal característica.

Para junho, foram realizadas duas mudanças, com a saída da Movida (MOVI3) e Santos Brasil (STBP3), dando lugar para MRV&Co (MRVE3) e da EcoRodovias (ECOR3) .

A entrada de MRV&Co, segundo a Ágora, é por uma questão de valuation, já que os analistas creem que as ações oferecem uma assimetria de risco positiva, ao passo que a entrada de EcoRodovias é tática, sendo a preferência frente a Santos Brasil.

Com isso, o Bradesco BBI selecionou as seguintes ações:

Empresa Ticker
Banco Pan BPAN4
EcoRodovias ECOR3
Iguatemi IGTI3
MRV&Co MRVE3
Vulcabras VULC3

Por dentro das Small Caps do Bradesco BBI

Banco Pan

O Banco Pan reportou lucro líquido recorrente (excluindo ágio da Mosaico) de R$ 217 milhões, 5,2% acima da estimativa da Ágora e 11,6% acima do consenso da Bloomberg. O ROE atingiu 12,2% no 1T24, acima da nossa expectativa de 11,4% e dos 11,1% do 4T23.

A surpresa foi impulsionada principalmente pela margem financeira ligeiramente superior, refletindo a expansão da carteira de crédito, combinada com fortes receitas de tarifas, embora parcialmente compensadas por despesas operacionais mais elevadas.

Adicionalmente, o banco registrou o terceiro trimestre consecutivo de melhora no índice de inadimplência há mais de 90 dias, enquanto as tarifas e despesas operacionais surpreenderam positivamente.

EcoRodovias

A EcoRodovias é uma das principais companhias de infraestrutura do Brasil, com operação em 11 concessões rodoviárias, totalizando mais de 4.700 km, e um ativo portuário, e atuação em oito estados do país.

A empresa vem reportando um bom desempenho operacional, apresentando crescimentos sólidos em números de tráfego, o que vem contribuindo para manter a alavancagem financeira estável (3,4x a relação dívida líquida/EBITDA no 1T24).

Apesar de ter um pipeline robusto para leilões de rodovias neste ano, a EcoRodovias não participou dos últimos dois leilões, mostrando a disciplina financeira da empresa que deve guardar o caixa para ativos que façam mais sentido com o seu portfólio atual.

A recomendação da Ágora é baseada em: (i) um robusto pipeline futuro para leilões de rodovias; (ii) valuationatraente; (iii) o risco limitado de estouro de orçamento, devido a preços mais baixos das matérias primas.

Iguatemi

Anteriormente, a instituição destacou que a companhia detém ativos de excelente qualidade no setor de shoppings, o que lhe confere uma performance frequentemente superior à de seus concorrentes.

Ademais, a sinergia entre o baixo custo de ocupação (11,7% em 2023) e o aumento expressivo nas vendas cria uma expectativa otimista para o crescimento dos aluguéis no médio prazo (prevemos um aumento de um dígito para 2024), embora isso não represente um impulso imediato para as ações da empresa.

Por outro lado, eles observam uma melhoria nas perspectivas de M&A: no aspecto das vendas, o dinâmico mercado de FIIs pode facilitar que a Iguatemi alienasse participações em ativos secundários; quanto às aquisições, a recente parceria com o FII BBIG11, do Banco do Brasil, surge como uma estratégia para mitigar pressões vendedoras em uma eventual compra do Pátio Higienópolis.

MRV&Co.

À luz do cenário econômico atual e dos avanços significativos no setor imobiliário, a MRV se destaca como uma opção de investimento promissora a médio e longo prazo. A possível queda de juros nos EUA no segundo semestre de 2024 pode estimular o mercado imobiliário local, aumentando a atratividade dos investimentos em construtoras como Resia, subsidiária norte-americana.

Além disso, os avanços do programa Minha Casa Minha Vida no Brasil, com novas linhas de atendimento e incentivos para a habitação, criam um ambiente favorável para a MRV, que tem uma participação significativa nesse programa.

Adicionalmente, a MRV reportou uma margem a reconhecer superior a 40% no 1T24, indicando uma capacidade de retomar a um cenário benigno em termos de resultados.

Esse desempenho financeiro, combinado com a perspectiva de um ambiente de juros mais baixos e políticas habitacionais favoráveis, torna a MRV uma escolha atraente para investidores que buscam exposição ao setor imobiliário brasileiro.

Vulcabras

A Vulcabras continua surfando uma forte onda de lucros com o desempenho superior de suas marcas nacionais. Isto está de acordo com a a tese dos analistas da Ágora de que a exposição da Vulcabras ao mercado de sportswear deverá conferir à empresa maior potencial de crescimento em comparação com seus concorrentes.

As marcas premium Mizuno e Under Armour devem continuar apresentando desempenhos sólidos, enquanto a Olympikus vem obtendo sucesso ao entrar na categoria de produtos de alto desempenho.

Embora deva haver dificuldades no mercado internacional, como visto para todos os players do setor calçadista, eles esperam que isso seja mais do que compensado pelas vendas domésticas.

A Vulcabras tem uma das avaliações mais atraentes em nosso universo de cobertura dado seu CAGR (taxa média ponderada de crescimento anual) de 8,9%do lucro no período de 2024 a 2027 e ROE de 24,6% esperado para 2024.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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