Ataque hacker força maior banco em ativos do mundo a operar por pendrive
No final da tarde de ontem, um ataque hacker atingiu a divisão norte-americana do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês), hoje o maior banco em ativos do mundo.
O ‘ransonware’ utilizado contra o banco chinês visa interromper o acesso da instituição e dos clientes base de dados, geralmente demandando um tipo de resgate para desbloqueá-lo.
No ataque de ontem, o banco foi impedido de realizar a liquidação de ordens envolvendo títulos americanos (os Treasuries). Devido ao tamanho da instituição, o impacto do ataque acabou se alastrando para o mercado geral dos Treasuries.
A dimensão do ataque sobre o mercado dos títulos da dívida americana ainda está sendo precisado, mas agências de notícias reportaram queixas envolvendo demora na negociação.
O volume financeiro negociado no mercado de Treasuries na quinta-feira (9) foi inferior a US$ 25 bilhões, montante considerado baixo para uma sessão comum.
Executivos consultados pelo Financial Times viram com grande preocupação o incidente, devido ao tamanho da instituição em questão.
Ainda segundo a publicação britânica, que noticiou o ataque em primeira mão, o restabelecimento ao sistema de liquidações de títulos ocorreu ainda na quinta-feira.
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Ataque hacker obriga maior banco do mundo a operar por pendrive
Fontes relataram a Bloomberg um dia de caos em Manhattan, o maior distrito financeiro do mundo. O bloqueio ao sistema do ICBC fez com que os registros de negociações com Treasuries fossem transferidos para um pendrive, sem acesso à internet.
As informações das negociação viajavam através de um mensageiro do banco, que fazia os contatos de maneira pessoal com corretoras e outros formadores do mercado de renda fixa dos EUA.
A medida alternativa visou limitar danos e o vazamento de mais informações aos hackers. A suspeita é que o grupo responsável pelo ataque tenha relações com a Rússia.