Fomc: Ata da reunião que previu um corte de juros nos EUA reconhece progresso, mas mantém ‘pé no freio’
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed), destacou na ata da reunião passada, divulgada nesta quarta-feira (3), que a decisão de manter os juros entre 5,25% e 5,50% está alinhada com as perspectivas econômicas incertas e a inflação ainda elevada.
No comunicado de 12 de junho, o gráfico de pontos do Fed indicava que, para 2024, oito dirigentes veem os juros entre 4,75% e 5%; sete veem entre 5% e 5,25% e quatro entre 5,25% e 5,5% — ou seja, a maioria não esperava mais de um corte neste ano.
Na ata, os membros ressaltam que a expansão da atividade econômica segue em ritmo sólido, os ganhos de emprego permaneceram fortes e a taxa de desemprego baixa. Mas reconhecem que a economia dos Estados Unidos parece estar desacelerando.
Já em relação à inflação, “as pressões sobre os preços estão diminuindo”, mas permanece elevada. “Os membros concordaram que, nos últimos meses, houve progressos adicionais modestos em direção à meta de inflação de 2% do Comitê e concordaram em reconhecer este desenvolvimento na declaração pós-reunião”, dizem.
O documento destaca ainda a leitura mais fraca de maio do índice de preços ao consumidor norte-americano. Trata-se de um entre “vários desdobramentos nos mercados de produtos e de trabalho” que apoiam a visão de que a inflação está em declínio.
“Os membros consideraram que os riscos para alcançar as metas de emprego e inflação do Comitê evoluíram para um melhor equilíbrio ao longo do ano passado”, afirmam.
O Fomc, no entanto, não considera apropriado reduzir o intervalo da taxa de referência até ganharem maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para a meta. Além disso, concorda em continuar reduzindo as participações em títulos do Tesouro, dívida de agências e títulos garantidos por hipotecas.
