Ata do Fomc revela que dados fornecem ‘caso plausível’ para cortar juros dos EUA; veja
A ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) revelou que diversos membros avaliaram que o progresso da inflação nos Estados Unidos e a alta na taxa de desemprego forneceram um caso plausível para reduzir os juros em 0,25 ponto percentual na reunião de julho. Ou, ao menos, que eles poderiam ter apoiado essa decisão.
No entanto, a maioria dos diretores defendeu que eram necessários mais dados para, então, começar a cortar a taxa. Apesar disso, os números “encorajadores” aumentaram a confiança de que a inflação está, de fato, se movendo em direção à meta do Comitê.
Assim, o Fomc optou por, novamente, manter os juros no intervalo de 5,25% a 5,50% na reunião do mês passado.
Os membros disseram estar preparados para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado, se surgirem riscos que impeçam a consecução das metas.
“Ao considerar quaisquer ajustes na taxa de juros, os diretores avaliariam cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva em evolução e o equilíbrio de riscos”.
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Na ata, o Fomc reiterou que as condições do mercado de trabalho continuaram a melhorar, os ganhos de empregos moderaram e a taxa de desemprego subiu ainda mais, mas permaneceu baixa.
Já a inflação dos preços ao consumidor ficou “bem abaixo” do ritmo do ano anterior, mas permaneceu elevada.
“As informações disponíveis no momento da reunião indicaram que a atividade econômica dos EUA havia avançado solidamente até então, mas em um ritmo mais lento do que no segundo semestre de 2023”.
O economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, afirma que ata teve um tom mais dovish (suave). “Vários participantes notaram que a perspectiva de desinflação deve seguir à frente, que os riscos altistas ao cenário de inflação perderam força”.