Federal Reserve

Ata do Fed pode moldar debate sobre o que vem depois das altas de juros em junho e julho

25 maio 2022, 11:56 - atualizado em 25 maio 2022, 11:56
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A ata do encontro de maio, prevista para ser divulgada às 15h (de Brasília) desta quarta-feira, pode começar a moldar o debate sobre o que acontecerá a seguir (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

A reunião de política monetária do Federal Reserve de 3 e 4 de maio terminou com um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa de juros, e o que o chair do Fed, Jerome Powell, chamou de “ampla percepção” de que altas semelhantes serão aprovadas quando as autoridades se reunirem em junho e novamente em julho para tentar conter uma inflação muito acima da meta do banco central dos EUA.

A ata do encontro de maio, prevista para ser divulgada às 15h (de Brasília) desta quarta-feira, pode começar a moldar o debate sobre o que acontecerá a seguir.

Autoridades de todo o espectro da política monetária respaldaram os aumentos de juros planejados para junho e julho, alinhando-se ao esforço de Powell para tornar a redução da inflação a principal prioridade do Fed.

Mas, para além disso, as autoridades começaram a estabelecer uma ampla gama de posições, desde uma pausa total nos aumentos das taxas neste outono (nos EUA) até pedidos de uma série agressiva de elevações de 0,50 ponto percentual nas reuniões de setembro, novembro e dezembro.

O apetite, ou a falta dele, por altas incrementais maiores de 0,75 ponto percentual também pode ser mencionado na ata nesta quarta-feira.

Analistas do Citibank disseram que vão procurar “qualquer discussão sobre crescimento versus preocupações com inflação”, conforme as autoridades do Fed tentam tirar a economia do atual dilema inflacionário sem causar uma recessão ou aumentar substancialmente a taxa de desemprego.

Os dados de inflação ainda não mostraram uma queda convincente em relação aos níveis que deixaram as autoridades do Fed nervosas e atraíram comparações com os choques inflacionários dos anos 1970 e início dos anos 1980. A medida de inflação preferida do Fed roda a mais de três vezes a meta de 2% do banco central.

Enquanto isso, alguns analistas passaram a ver mais riscos de recessão, e investidores em contratos vinculados à taxa de juros do Fed recentemente reduziram suas estimativas de o quão altos os custos dos empréstimos subirão.

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