Ata do Copom e prévia da inflação: O que mexe com o Tesouro Direto e a renda fixa nesta semana?
Na semana passada, o mercado brasileiro recebeu a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a manutenção da taxa de juros em 10,50% ao ano. Com isso, os juros futuros por aqui encerraram com movimentos mistos pela curva.
Entre os títulos do Tesouro, tantos os atrelados ao IPCA, quanto os títulos prefixados e os pós-fixados tinham uma valorização no período de 17 a 21 de junho, com o IPCA+ 2055 tendo a maior alta semanal de 0,89%.
Durante o período, o time de renda fixa da XP Investimentos também destaca a curva de juro real que, após os rendimentos terem atingido as máximas em mais de um ano, as taxas continuaram a ceder. O time cita o Tesouro IPCA+ 2029, por exemplo, que chegou a bater 6,49% no ano, encerrou a semana em 6,29%.
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Do lado internacional, o relatório semanal da XP também avalia os sinais mistos nos PMIs para os Estados Unidos e zona do euro.
“Enquanto, o primeiro mostrou resultados maiores do que o esperado pelo mercado, indicando que os EUA têm que seguir atentos às próximas divulgações antes de iniciar seu ciclo de cortes de juros, a zona do euro mostrou resultados mais fracos, o que corrobora o arrefecimento da economia europeia”, explicam os analistas.
Enquanto isso, no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana em queda. O índice IDEX-DI fechou em 1,89%, ante os 1,93% da última semana.
Os prêmios das debêntures isentas também diminuíram, ainda de acordo com a XP.
O fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 654 milhões, sendo R$ 511 milhões em debêntures incentivadas, R$ 236 milhões em CRIs e R$ 399 milhões em CRAs.
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O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
Para começar, nesta segunda-feira (24) recebemos as novas projeções do Relatório Focus que, novamente, indicaram uma alta na inflação. A Selic, após manutenção na semana passada, se manteve estável.
Movimentando a terça-feira (25), a Ata do Copom é o destaque, enquanto na quarta-feira (26), o destaque será o IPCA-15 de junho, prévia do dado oficial de inflação do país.
Na quinta-feira (26), dados do IGP-M, Relatório Trimestral de Inflação e o Índice de Preços ao Produtor (IPP) trazem um dia corrido ao investidor. Assim, finalizando a semana, a taxa de desemprego no Brasil fecha a sexta-feira (27).
Na agenda internacional, os investidores se preparam para o Índice PCE, trata-se do índice inflacionário preferido os Federal Reserve. Além disso, saem PIB, Relatório de Política Monetária do Fed e outros dados referentes ao mercado de trabalho.
- IPCA sobe acima do esperado pelo mercado: Quais são os desafios para a inflação agora? Oestes Costa, da O2 Capital, comenta as perspectivas para a economia brasileira em participação inédita no Giro do Mercado desta terça-feira (11):
*Com Vitória Pitanga