Ata do Copom: Até onde vão os cortes da Selic? Veja o que dizem os membros do Banco Central
O Banco Central divulgou nesta terça-feira (7) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 31 de outubro e 1 de novembro.
Na ocasião, o Copom reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), levando a taxa básica de juros para 12,25% ao ano. A decisão não pegou o mercado de surpresa, uma vez que os diretores do BC já haviam dado pistas sobre a decisão.
Para a próxima reunião — em 12 e 13 de dezembro –, não será diferente. Na ata do penúltimo encontro do ano, os membros do Comitê anteveem, mais um vez, uma redução de mesma magnitude. Eles avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
Sobre o ciclo total de flexibilização, o Comitê enfatiza que a magnitude dependerá da evolução da dinâmica inflacionária. “Em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, afirmam.
O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas das metas.
“O Comitê avalia que houve um progresso desinflacionário relevante, em linha com o antecipado pelo Comitê, mas ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta, o que exige serenidade e moderação na condução da política monetária.”
Cenário internacional preocupa
Na ata, o Comitê deu foco para o cenário internacional, que tem se mostrado mais volátil e adverso. “Há múltiplos mecanismos de transmissão da economia internacional para a economia doméstica, financeiros e econômicos, que devem ser incorporados na tomada de decisão”, dizem.
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Segundo a ata, um membro avalia que o cenário externo introduz um viés assimétrico altista no balanço de riscos para a inflação. Já os demais avaliam que o cenário internacional afeta primordialmente o grau de incerteza relativo ao balanço de riscos.
O Comitê, no entanto, é unânime em avaliar que o aumento da incerteza no cenário global exige cautela.
“O Comitê analisou vários cenários prospectivos, caracterizados por diferentes trajetórias nos ambientes doméstico e internacional. Debateu-se então a estratégia e a extensão de ciclo apropriados em cada um desses cenários”, afirmaram.