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Associação de funcionários do BNDES se surpreende com bloqueio de bens da JBS

21 jun 2017, 23:48 - atualizado em 05 nov 2017, 14:01

Depois de a Advocacia-Geral da União (AGU) entrar, na tarde desta quarta-feira (21), com uma manifestação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para solicitar o imediato bloqueio de bens da JBS/SA e de seus responsáveis, a Associação dos Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (AFBNDES) divulgou nota para manifestar “surpresa” com o pedido.

“Tanto o BNDES quanto seus funcionários por nós representados já comprovaram tecnicamente, em diversas frentes e momentos, que não houve dano ao erário, qualquer tipo de irregularidade ou favorecimento nas operações objeto de investigação por parte de seu corpo técnico”, diz o texto divulgado pela entidade.

A AGU argumentou que a medida tem como objetivo “garantir um futuro ressarcimento de prejuízos estimados em cerca de R$ 850 milhões causados aos cofres do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), alvo de apuração do próprio tribunal”.

Para a AFBNDES, qualquer suspeição levantada, até o momento, decorre de iniciativas praticadas por empresários e agentes públicos que não integram o quadro de empregados do Sistema BNDES. “É essencial enfatizar que todas as operações realizadas no âmbito do Sistema BNDES sempre se pautaram pelo rigor dos normativos internos e políticas operacionais vigentes à época de cada operação, alinhadas com as diretrizes determinadas pelo governo federal”, diz a associação.

A entidade destaca ainda que as operações com a JBS “seguiram rigorosamente os trâmites operacionais do Sistema BNDES”. “Inclusive as operações realizadas entre 2005 e 2009 já foram objeto de manifestação do Tribunal de Contas da União (Acórdão 3.142/2010), que considerou regulares todas as operações do Sistema BNDES com o setor de frigoríficos nesse período”, afirma.

A nota diz ainda que como representante institucional dos funcionários do BNDES a associação tem “compromisso público com a transparência e a ética”. “Por fim, reiteramos que estamos permanentemente à disposição das instituições de controle e fiscalização para qualquer informação, além das já encaminhadas.”

(Por Carla Araújo)