Asset da IRB Brasil nasce com R$ 9,5 bi em ativos
A asset do IRB Brasil Re nascerá com R$ 9,5 bilhões em ativos, de acordo com o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores do ressegurador, Fernando Passos. Desse montante, segundo ele, cerca de R$ 6,5 bilhões correspondem aos recursos próprios da companhia e outros R$ 3 bilhões devem vir do fundo de pensão do IRB, o Previrb.
O ressegurador não espera, conforme o executivo, que sua gestora agregue resultados relevantes para a companhia, uma vez que seu papel será estratégico para o IRB. Na mira da companhia, no quesito de potenciais clientes da asset, estão, além do fundo de pensão da empresa, os retrocessionários, resseguradoras com as quais o IRB contrata proteção para seus riscos, e ainda seguradoras de médio e pequeno portes e que não dispõe desse tipo de serviço, de acordo com Passos.
“Atuamos hoje com 14 retrocessionários, cujo volume de ativos no Brasil é em torno de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões, e que não têm equipe para fazer a gestão desses recursos fora outros parceiros menores, com valores em torno dos R$ 5 milhões, mas que também são potenciais clientes relevantes, totalizando 74 players”, explicou Passos, a jornalistas, após a primeira reunião do IRB com analistas e investidores desde que abriu seu capital, em julho último.
A expectativa do IRB, de acordo com o presidente da companhia, José Cardoso, é obter o aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda este ano para, já no início de 2018, ter a asset operacional. O Banco Central já concedeu o aval. O ressegurador é o primeiro do Brasil a constituir um braço de gestão de recursos. Caso a permissão por parte da CVM saia até fevereiro, quando o IRB divulgará seus resultados de 2017, o resultado que o ressegurador espera com a asset integrará os guidances da companhia para o próximo ano.
“Caso contrário, verificaremos se a alteração gerada pela criação da asset será relevante para os resultados e, então, poderemos alterar os guidances”, explicou Passos. O vice-presidente do IRB explicou a analistas e investidores que, além da oportunidade de gerir os ativos do seu fundo de pensão e para terceiros, a criação da asset também tem razões fiscais que “fazem sentido” para o ressegurador. Ele destacou, contudo, que o objetivo da gestora não é competir com as grandes assets, mas atender ao público ao redor, como seguradoras e resseguradoras, de forma mais “nichada”.
(Por Aline Bronzati)