Mercados

Assessores de investimento veem Ibovespa a 110 mil pontos até o fim do ano, mostra pesquisa da XP

30 set 2020, 17:35 - atualizado em 30 set 2020, 17:35
Ibovespa B3
Na visão da XP, o cenário político é o maior risco para o desenvolvimento da bolsa (Imagem: Amanda Perobelli)

Os assessores de investimento veem o Ibovespa a 110 mil pontos até o fim do ano, de acordo com a pesquisa realizada pela XP Investimentos. Nesta edição do levantamento, a corretora obteve 274 respostas para entender como está a visão da bolsa brasileira.

“Na pesquisa de setembro, 73% dos assessores acreditam que o Ibovespa superará os 110 mil pontos até o fim do ano, sendo a média de palpites de 110.270 pontos, em forte recuperação do vale de 63 mil pontos em março e um pouco abaixo da nossa estimativa de 115 mil pontos”, informou a XP.

Os assessores de investimentos reportaram que seus clientes estão um pouco mais cautelosos em relação à Bolsa de valores como oportunidade de compra se comparado ao último mês. 37% pretendem aumentar seus investimentos em renda variável, -15 pontos percentuais vs. 52% em agosto, enquanto 51% dos seus clientes pretendem manter sua exposição em ações.

Varejo

A alocação em renda variável dos clientes de varejo se encontra acima da média histórica em 46% dos casos. Houve uma redução de 12 pontos percentuais em relação a agosto.

“A alocação de seus clientes está em linha com a média histórica em 39% dos casos, +11 pontos percentuais em relação a agosto. Como consequência, o percentual de alocação abaixo da média histórica é de 10%”, afirmaram os analistas.

Internacional

Segundo os analistas, o interesse em investimentos internacionais se manteve alto pelo sexto mês consecutivo e os fundos, principalmente multimercados e imobiliários, continuam em destaque.

As classes de ativos que tiveram mais interesse foram Investimentos Internacionais (76%); Fundos Multimercado (60%); Fundos Imobiliários (57%); Ouro (40%); Fundos de Renda Variável (36%); Tesouro Direto e Renda Fixa (31%); e Fundos de Renda Fixa (19%).

Alocação

O percentual de interessados em aumentar seus investimentos em renda variável (37%) diminuiu 15 pontos percentuais em relação a agosto (52%), enquanto 51% pretende manter seus investimentos em tal classe de ativos.

12% dos assessores reportaram que seus clientes pretendem diminuir seus investimentos em renda variável, +4 pontos percentuais se comparado ao último mês.

Por fim, os assessores enxergam novamente o cenário econômico brasileiro (24%) e a liquidez global (23%) como os maiores propulsores para a Bolsa em 2020 e o cenário político no Brasil como o maior risco (42%).

“O cenário político no Brasil, tendo em vista as questões fiscais em foco nos últimos meses, continua sendo destaque como o maior risco para o Ibovespa em 2020 pelo segundo mês consecutivo (42% em setembro). Em segundo lugar, está a desaceleração econômica global (21%), +5p.p. em relação a agosto, seguida do efeito do coronavírus (17%, +7p.p. M/M), frente ao medo da segunda onda de casos. De perto segue o risco das eleições americanas (16%), em alta pelo quinto mês consecutivo, à medida em que nos aproximamos do dia 3 de novembro”, afirmou a XP.

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