Assaí deverá lucrar sete vezes mais que Pão de Açúcar, calcula XP
Os resultados do Assaí (ASAI3) devem vir muito mais fortes que sua antiga controladora, o Pão de Açúcar (PCAR3), no segundo trimestre, calcula a XP Investimentos em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.
Segundo a corretora, os supermercados terão números mais amenos enquanto o atacarejo será o grande destaque.
“Os consumidores continuam comprando no atacarejo, o canal não possui varejo não-alimentar e o B2B (bares, restaurantes, transformadores e utilizadores) deve comprar mais à medida que a reabertura e vacinação aceleram”, aponta.
Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt calculam um lucro de R$ 281 milhões para o Assaí, alta de 50% ante o mesmo período do ano passado, contra R$ 42 milhões do Pão de Açúcar, baixa de 91%.
As vendas do Assaí devem crescer 22%, devido à sólida expansão de SSS (vendas mesmas lojas) em 10% combinada à expansão e maturação de lojas, apesar da base de comparação difícil.
“Ao contrário de outras empresas do setor, esperamos ver expansão na margem bruta para 16,5% com expansão da margem Ebitda Ajustado de 0,9 ponto percentual para 7,3%, devido à alavancagem operacional”, destacam.
Por outro lado, o Pão de Açúcar apresentará cifras mais fracas, com queda no faturamento de 4,5%, dada a base de comparação forte do último ano e as restrições contínuas da Covid-19 em termos de horário disponível nas lojas.
O SSS deverá terminar o período no vermelho, a 7,4%, com vendas líquidas de R$ 6,6 bilhões.
“Quanto à operação do Éxito, estimamos vendas em R$ 5,4 bilhões e Ebitda ajustado de R$ 407 milhões”, completam.
O Assaí divulga seus resultados no dia 27 de julho e um dia depois é a vez do Pão de Açúcar.
Mateus deve se sair bem enquanto Carrefour terá resultados mistos
Na visão da XP, outra empresa que entregará resultados fortes é o Grupo Mateus (GMTA3), com lucro com vendas crescendo 22% no ano e 12% no trimestre.
Apesar disso, o lucro deverá cair 30%, a R$ 136 milhões, devido a base de comparação forte.
“Esperamos ver o Ebitda em R$ 169 milhões com margem de 4,8% (-3,1 p.p.), muito explicado por impactos pontuais da migração de seu centro de distribuição para o Pará, que obrigou a empresa a encerrar toda a operação em Belém e incorrer em despesas trabalhistas”, dizem.
No caso do Carrefour (CRFB3), os números serão mistos, com as vendas crescendo 14% no ano e 10% no trimestre.
“O principal destaque do resultado deve ser o Atacadão, já que as vendas mesmas lojas deve crescer 14% , levando a uma alta de receita de 24% dada a expansão de lojas e conclusão das conversões de lojas do Makro”, argumentam.
A margem bruta permanecerá pressionada, visto que a empresa continua com a estratégia de ser mais competitiva, enquanto a margem EBITDA ficará em linha com o primeiro trimestre, “embora abaixo em 1,4 ponto percentual”.
Pelos cálculos, o lucro do Carrefour caíra 28%, para R$ 489 milhões.