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Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFR3) caem 4% e figuram entre as maiores quedas do Ibovespa após Citi rebaixar recomendação

25 set 2024, 12:28 - atualizado em 25 set 2024, 17:30
Carrefour Brasil
As ações do Carrefour e do Assaí figuram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (25) (Imagem: Instagram/ Divulgação/ Carrefour)

As ações do  Assaí (ASAI3) e do Carrefour (CRFB3) chamam a atenção entre os ativos negociados no Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (25) — mas não positivamente. 

Os papéis das companhias operaram entre as maiores quedas do principal índice da bolsa brasileira. ASAI3 encerrou o pregão com baixa de 4,54%, a R$ 7,78, enquanto CRFB3 caiu 3,40%, a R$ 8,80. Acompanhe o Tempo Real. 





O gatilho para a derrocada das ações foi a revisão da recomendação das ações pelo Citi. O banco rebaixou de compra para neutro/alto risco, em razão do pessimismo com o cenário competitivo.

O Citi também estabelece novos preços-alvo para as companhias. Para Assaí, o novo preço é de R$ 9,00 — o que representa potencial de valorização de 10,7% sobre o preço de fechamento da última terça-feira (24). 

Já para Carrefour é de R$ 9,50, um potencial de alta de 5,6% sobre o fechamento da véspera. 

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Os motivos para rebaixar Assaí e Carrefour

Os analistas citam três motivos para o rebaixamento da recomendação das ações das varejistas de alimentos. 

Em primeiro lugar, o Citi tem perspectivas de menor crescimento das companhias. 

No relatório, o banco afirma que não só está vendo as vendas por m² de unidades legadas crescendo abaixo da inflação de alimentos, mas também vê um risco crescente para a rentabilidade/conversão de caixa com novas iniciativas comerciais — como, por exemplo, as vendas parceladas.

Além disso, a concorrência crescente tem levado os participantes do mercado a adotar estratégias comerciais mais agressivas que podem impactar as margens e a conversão de caixa. 

Os analistas também avaliam que, com as taxas de juros mais altas por mais tempo, o processo de desalavancagem das companhias deve “atrasar” e pressionar os lucros — “o que significa uma avaliação mais exigente ao analisar a relação de preço por lucro (P/L) das ações para 2025 e 2026”. 

“Embora ainda vejamos o cash&carry (C&C) como o melhor modelo no varejo de alimentos, acreditamos que a mudança do cenário competitivo somado ao ciclo de aperto monetário podem limitar o potencial de valorização das ações, pelo menos por enquanto”, escrevem os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo. 

Nas contas do banco, as ações ASAI3 estão sendo negociadas a múltiplos de 12,6x o P/L  em 2025, já CRFB3 negocia a 10,5x P/L 2025.

“Vemos um múltiplo mais exigente e uma assimetria pior, apesar da liquidação do setor”, diz o relatório.