Bolsas globais vestem vermelho após Trump elevar tarifas
O índice Nikkei 225 não abriu nesta segunda-feira (6), o motivo é o feriado prolongado de 10 dias (de 27 de abriu até 6 de maio). O feriado foi decretado por causa da mudança do imperador. Na China, os índices Shanghai Composite e Hang Seng registraram queda, respectivamente, de 5,58% e 2,90%.
Marink Martins: Reviravolta nas negociações sino-americanas e bolsas em queda
Em Shanghai, destaque para as ações da Jiangsu Jingshen Salt & Chemical Industry que subiram 10,03%. Do lado negativo, os papeis da Cosco Shipping Development caíram 10,13%. No mercado de câmbio, o dólar apresentou desvalorização de 0,32% frente ao iene, para 110,74.
Nos EUA, os índices futuros têm forte queda. O S&P 500 recua 1,7% e o Dow Jones cai 1,8%. Na Europa, a bolsa de Paris (CAC-40) abriu em baixa de 1,81%, a de Frankfurt (DAX-30) recua 1,94%. Com feriado, a bolsa da Inglaterra não abre.
Em uma reviravolta nas negociações sino-americanas, Trump anunciou via twitter neste domingo que irá elevar na próxima sexta-feira as tarifas sobre produtos importados da China – de 10% para 25%.
Trump alegou demora e resistência por parte dos chineses em ceder em questões chaves relacionadas a exigência de transferência de propriedade intelectual imposta a empresas entrantes no mercado consumidor chinês.
For 10 months, China has been paying Tariffs to the USA of 25% on 50 Billion Dollars of High Tech, and 10% on 200 Billion Dollars of other goods. These payments are partially responsible for our great economic results. The 10% will go up to 25% on Friday. 325 Billions Dollars….
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 5, 2019
Para piorar, o presidente americano ameaçou também impor tarifas adicionais de 25% sobre mais de US$300 bilhões em produtos que não faziam parte da lista original de sanções.
Trump em foco
As bolsas asiáticas refletiram negativamente os comentários do presidente norte-americano Donald Trump de que haverá a imposição de US$ 200 bilhões de tarifas em produtos chineses.
Para Paul Donovan, economista-chefe do UBS, o efeito direto sobre o mercado acionário é nítido.
“Os impostos sobre o comércio funcionam como impostos sobre ações, porque quase todo o comércio é realizado por empresas listadas”, avalia, ressaltando ainda a postergação de investimentos pela nebulosidade geopolítica.