Ásia: Índices chineses em queda; dados pessimistas elevam expectativa de estímulo
As ações da China começaram a semana mais fracas, embora as perdas tenham sido limitadas por alívios nos atritos comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto dados econômicos sombrios desta segunda-feira aumentaram as esperanças de que Pequim aplique mais estímulos para sustentar a economia.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,4%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,2%.
A desaceleração nos setores manufatureiro e consumidor da China aprofundou-se em agosto, com a produção industrial crescendo no ritmo mais fraco em 17 anos e meio, um sinal de crescente fraqueza em uma economia esmagada por obstáculos ao comércio e pela fraca demanda doméstica.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse em uma entrevista publicada antes dos dados desta segunda-feira que seria “muito difícil” para a economia continuar crescendo a 6% ou mais e que enfrentava “pressão descendente”.
Analistas dizem esperar que os dados mais recentes levem a mais cortes nas principais taxas de empréstimos pelas autoridades chinesas.
Os investidores também analisaram as últimas notícias e comentários em busca de sinais de alívio na disputa comercial sino-americana.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na quinta-feira que preferia um acordo comercial abrangente com a China, mas não descartou a possibilidade de um pacto provisório, mesmo quando disse que um acordo “fácil” não seria possível.
As declarações de Trump vieram depois que a China e os Estados Unidos fizeram gestos conciliatórios –incluindo compras da China de soja norte-americana– conforme os dois lados se preparam para novas rodadas de negociações.