Petróleo

Às vésperas de eleição crucial para Biden, racionamento de diesel nos EUA contribui para alta forte do petróleo

26 out 2022, 17:34 - atualizado em 26 out 2022, 17:46
Petróleo
Petróleo tem forte sessão, com crise de escassez nos Estados Unidos e depreciação do dólar no radar (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Os mercados de petróleo tiveram uma sessão forte nesta quarta-feira (26), em meio à possibilidade de racionamento de combustíveis nos EUA e ao contínuo recuo do dólar.

Poe volta das 16h18, os contratos futuros de WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros subiram, respectivamente, 3,26% e 2,38%.  Com o resultado  do dia, o Brent voltou a escorar os US$96/barril, no maior patamar desde o último dia 13.

Os mercados de petróleo aproveitaram a contínua depreciação do dólar em relação aos seus pares, movimento que beneficia a compra da commodity no mercado internacional. Além disso,

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Entenda o racionamento de diesel nos EUA

Joe Biden enfrenta uma situação dramática na penúltima semana que antecede as eleições de meio-termo nos EUA, quando uma nova configuração do Congresso americana será decidida. De acordo com reportagem veiculada ontem pela Bloomberg, focos de desabastecimento aparecem em toda a costa leste do país.

A situação de escassez já faz uma grande provedora de combustível, a Mansfield Energy, a acionar um protocolo de emergência.  Em nota aos clientes, a Mansfield solicita que os pedidos para entrega de combustível sejam feitos com 72 horas de antecedência.

A reportagem continua dizendo que, em algumas áreas onde a escassez é maior, o preço do combustível chega ser de 30 a 80% maior do que a média do mercado.

O estoque de diesel nos Estados Unidos chegou ao nível mais baixo da história e é estimado que o país tenha apenas mais 25 dias de abastecimento antes que um racionamento nacional seja decretado. A informação havia sido publicada pela Administração de Informação em Energia (EIA, na sigla em inglês), um órgão adjunto do Departamento de Energia.

O fato é o último desdobramento de uma crise energética internacional que tem como epicentro a guerra da Ucrânia e a dependência da matriz energética europeia do combustível russo. O súbito aumento de preços em alguns estados americanos tem, inclusive, feito com que parcela dos combustíveis com destino à Europa sejam reconduzidos para localidades domésticas.

Ainda que os problemas á tenha sido identificados, e que mais suprimento chegue aos centros de distribuição, é pouco provável que as entregas ocorram em tempo hábil para evitar um agravamento da situação.

As eleições para o Congresso americano ocorrem no próximo dia 8 de novembro e a aproximação de uma crise de combustíveis é a última coisa que os democratas desejam. O partido de Joe Biden deve perder a maioria na Câmara dos Representantes, enquanto as chances no Senado parecem um pouco mais positivas. Pelo menos esse era o cenário até esse momento.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.