As únicas 4 palavras que Powell deve proferir na entrevista coletiva do Fed e abalar os mercados
“Não estamos prontos”. Essas são as quatro – e únicas – palavras que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deve proferir quando subir ao palco na tarde de quarta-feira (2), avalia Tom Porcelli, economista-chefe dos EUA no RBC Capital Markets, em uma nota divulgada ontem.
Para ele, Powell enfrenta um dilema na entrevista coletiva de logo mais, a partir das 15h30, que deve se seguir a um esperado novo aumento de 75 ponto percentual (pp) na taxa de juros dos Estados Unidos. Se confirmada, será a quarta alta seguida nessa magnitude.
Além disso, será a sexta vez consecutivo de aperto da política monetária nos EUA. O mercado financeiro alimenta expectativas de que ele possa sinalizar a possibilidade de um aumento menor na última reunião do ano, em dezembro, à dose de 0,50 pp.
O problema para Powell é que “no momento em que ele pronunciar qualquer coisa remotamente parecida com uma palavra suave (“dovish”)”, pode haver uma melhora das condições financeiras nos mercados globais.
Porém, tal movimento vai na direção contrária aos esforços do Fed para combater a inflação, em meio à ampla liquidez que impulsionou os ativos de risco.
“Por mais que se espere que esse ciclo de alta está praticamente encerrado, simplesmente não há como ele sugerir isso agora, considerando-se as condições financeiras dos mercados”, escreveu Porcelli. A previsão do RBC é de que a taxa de juros nos EUA termine o atual ciclo de aperto em 4,75%.
*Com informações do site MarketWatch
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