“As pessoas querem fazer um trabalho mais significativo e gratificante”: veja o que diz estudo sobre as novas configurações de trabalho

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a flexibilização das orientações de distanciamento social, os líderes, mais do que nunca, estão tentando decifrar o código para manter os funcionários engajados.

Nesse pós-pandemia, o trabalho híbrido e o home office ainda são a realidade de funcionários ao redor do mundo.

Um novo estudo do Gartner analisou esse quadro.

A pesquisa

A empresa de pesquisa entrevistou mais de 3.500 trabalhadores, ligados a áreas do conhecimento, do mundo todo cujos trabalhos podem ser feitos remotamente.

Mais de 75% disseram que a cultura da empresa é muito ou extremamente importante para serem eficazes em seus trabalhos, mas apenas 25% se sentiram conectados a ela, definida como identificar, cuidar e pertencer à cultura, na organização que estão.

Embora trazer todos de volta ao escritório possa parecer a solução para conectar os funcionários a cultura, o estudo provou que não é bem assim.

O levantamento descobriu que os funcionários com mais flexibilidade estavam mais conectados à cultura de sua organização.

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Dos dados obtidos, 53% dos funcionários que tinham flexibilidade de local, horário e trabalho em termos do que eles fizeram e com quem trabalharam se sentiram maior conexão, em comparação com 40% dos funcionários que só tinham flexibilidade de local e horário e 18% que não tinham flexibilidade.

Mais da metade dos funcionários disseram que trabalham melhor em casa e sozinhos. A Gartner divulgou também que 39% desses trabalhadores podem sair caso a liderança insistir em um “retorno duro” as atividades totalmente presenciais.

Ainda segundo a empresa de pesquisa, aponta quadro pontos relacionados ao modelo híbrido:

• Se você como gestor e/ou empresa insistir em retornar ao trabalho totalmente presencial, corre o risco de perder talentos;
• O design centrado no ser humano, com flexibilidade e empatia, é o que impulsiona a produtividade e o engajamento;
• A inovação é melhor impulsionada pela colaboração intencional, não pelo acaso pessoal;
• Existem maneiras de oferecer flexibilidade aos funcionários, mesmo quando a localização não é flexível.

Soluções para ajudar a tornar o trabalho significativo

Como já dito, o pós-pandemia traz consigo novos desafios e reforça antigas questões e o mundo do trabalho não escapa disso.

O relatório oferece três soluções para esse aumento da adesão pelo trabalho remoto ou híbrido que são melhores que forçar o retorno aos escritórios:

• Primeiro, certifique-se de que o trabalho em si seja significativo. Os pesquisadores recomendam entender que o trabalho é a experiência comum que todos nós temos agora e é fundamental tornar o trabalho significativo em vez de depender de uma experiência agradável no escritório para criar um apego ao trabalho.
• Em segundo lugar, crie deliberadamente conexões emocionais, em vez de confiar no bate-papo do cafezinho para criar uma conexão social. Garanta que os funcionários sejam reconhecidos pelo trabalho que fazem e possam ver o impacto que isso tem sobre os outros.
• Terceiro, certifique-se de que as interações pessoais contam, sejam elas pessoalmente ou online. Embora os ecossistemas de trabalho possam estar diminuindo, os pesquisadores também descobriram que relacionamentos fortes estão se intensificando porque as pessoas estão tendo menos interações. Cerca de 65% dos entrevistados disseram que a conexão cultural veio de sua equipe e 60% disseram que foi impulsionada por seu gerente direto.

“O trabalho é a experiência cultural mais comum que temos”, disse diretora de prática de recursos humanos do Gartner e principal autora do estudo, Alexia Cambon, para a Fast Company.

“Se você tem funcionários mais engajados em casa, os líderes precisam oferecer um trabalho mais envolvente e gratificante para eles. Socialmente, isso é uma coisa boa: as pessoas querem fazer um trabalho mais significativo e gratificante”, concluiu ela.

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