As melhores teses de investimento para 2024; inteligência artificial, poder das marcas e mais
Mais uma para a conta!
Depois das agências de classificação de risco Moody ́s e Fitch elevarem a nota soberana do Brasil, nesta semana foi a vez da S&P elevar o rating brasileiro de BB- para BB, com perspectiva estável. Isso significa que estamos a dois degraus do tão esperado grau de investimento.
E não foi só o país que recebeu esse “upgrade”, muitas empresas brasileiras também tiveram suas notas de crédito revisadas pela agência.
Além disso, com tantas aprovações da pauta econômica em Brasília, como: a promulgação da reforma tributária, a aprovação da MP das subvenções, a MP das apostas esportivas e a LDO de 2024, o mercado traduziu positivamente todos esses resultados renovando máximas.
Eu sei! 2024 está logo ali… e o cenário projetado pelos analistas é bastante animador. Mas os últimos dias de 2023 ainda prometem muitas análises e recomendações de investimento.
Fique agora com os destaques da semana no Giro do Mercado.
Ótima leitura e excelente fim de semana.
Paula Comassetto
Giro do Mercado
As melhores teses de investimento para 2024; Gestor revela ações estrangeiras para investir
O ano de 2023 foi desafiador para a economia norte-americana, que se mostrou mais resiliente do que o esperado. Mesmo com os juros mais altos, os ativos ligados à tecnologia e, principalmente, à inteligência artificial conseguiram surfar a onda de otimismo que atingiu os investidores.
Segundo João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, inteligência artificial foi o grande tema de 2023 e deve continuar sendo em 2024. “Eu acho que o apetite dos investidores não teria sido tão grande como foi, se não houvesse essa ebulição da inteligência artificial. Isso provocou uma corrida para as big techs […] e trouxe mais confiança ao investidor que perdeu dinheiro em 2022.”
O gestor destaca que além da inteligência artificial existe outro ponto muito importante ligado ao modelo de negócio que acaba beneficiando especialmente as empresas com foco no B2B, ou seja, no qual o cliente final é outra empresa. “Dentro do segmento de softwares, a Salesforce ( SSFO34) é o que está mais próximo do cliente final, são produtos que são meio que essenciais na vida das empresas.”
BB Seguridade (BBSE3) ou Caixa Seguridade (CXSE3)? Veja por que a Empiricus Research trocou uma ação pela outra na carteira de dividendos
As ações da BB Seguridade (BBSE3) deram lugar às da Caixa Seguridade (CXSE3) na carteira da série voltada para dividendos da Empiricus Research, Vacas Leiteiras. A BB Seguridade estava no portfólio desde 2017, com retorno acumulado de 86%, considerando os dividendos.
Segundo o analista Richard Camargo, da Empiricus Research, a troca não significa um grande pessimismo com BBSE3, mas um maior otimismo com CXSE3. Além de ganhar com os dividendos da companhia, que distribui entre 90% e 95% de seu lucro aos acionistas, os investidores também devem capturar lucros com a valorização das ações.
“Vejo oportunidades para a companhia crescer o lucro por ação. A principal oportunidade de crescimento é aumentando a penetração dentro do balcão da Caixa. O crédito residencial já é super penetrado, com 50% de market share, então vai crescer estruturalmente. Mas tem outros produtos que têm espaço para crescer, como de consórcios, que ainda é pequeno, e de títulos de capitalização. Além disso, dá para colocar outros seguros nessa base”, concluiu.
Clique aqui e veja a entrevista completa.
Reforma tributária está ‘longe do ideal, mas é um passo na direção correta’, avalia analista; entenda
A reforma tributária sobre o consumo foi promulgada na última quarta-feira (20) pelo presidente, Luis Inácio Lula da Silva. Um dos principais pontos é a criação do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), que será dual: um para os tributos federais e outro para os estaduais.
Para o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, o texto não é o ideal, mas é um passo importante para melhorar o modelo tributário atual, considerado caótico. “Estamos substituindo cinco contribuições por duas. É uma transparência e organização que não existia antes no Brasil”, avalia.
Em 2024 a agenda econômica em Brasília deve continuar movimentada. Ainda serão debatidas, no âmbito da reforma, a alíquota e eventuais novas isenções no IVA.
“Isso será crucial para entender os impactos materiais da reforma ao longo de sua transição quando ela for de fato estabelecida”, opina, destacando que há um longo período de transição para que o projeto entre totalmente em vigor.
Confira a análise completa clicando aqui.
Americanas (AMER3): o que esperar após aprovação de plano de recuperação judicial?
Após uma assembleia realizada na última terça-feira (19), 91,14% dos credores de Americanas (AMER3) aprovaram o plano de recuperação judicial da varejista.
Para Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, esse foi um passo importante, mas não significa que dará certo: “Muita coisa ainda precisa ser feita”.
Com a aprovação do plano de recuperação judicial, a Americanas terá uma capitalização de R$ 24 bilhões. Metade desse valor virá de aportes dos acionistas de referência – Jorge Paulo Lemman, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Os outros R$ 12 bilhões, atualmente em debêntures, serão convertidos em ações para credores financeiros, na maioria bancos, que apoiaram o plano.
O plano ainda precisa ser homologado pela Justiça e, a partir disso, a empresa terá dois anos para pôr em prática.
Assista aqui a análise completa e quais são as recomendações do analista para o setor do varejo.
Este foi o Giro da Semana.
Até a próxima semana.