Mercados

As lições do mês de agosto para o mercado, segundo a Verde Asset, de Stuhlberger

12 set 2022, 17:19 - atualizado em 12 set 2022, 17:19
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Agosto foi um mês dividido em duas partes e um dos principais fundos de multimercados do Brasil conta essa história e as lições deixadas pelo “mês do agouro” (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Agosto foi claramente dividido em duas partes para o mercado financeiro, na visão da Verde Asset. Em relatório mensal de gestão, a gestora – que tem Luís Stunlberger como CEO e CIO de um dos principais multimercados do Brasil – conta a história do que passou no mês passado. Mas que isso, narra as lições deixadas pelo “mês do agouro”.

“No início de agosto, o rali de julho se estendeu de maneira importante, ajudado por dados de inflação bem comportados, a continuada correção das commodities, e a percepção de que os banqueiros centrais poderiam começar a desacelerar as altas de juros”, afirma a Verde.

Já a segunda parte do mês viu uma reversão importante dessa dinâmica. “Frente a tal aperto de condições monetárias, os ativos de risco voltaram a cair de maneira importante”, resume a gestora.

Ainda assim, o mercado brasileiro continuou em agosto em trajetória de melhora, com menores prêmios de risco.

A gestora lembra que o encontro anual em Jackson Hole, no fim do mês passado, revelou, nas palavras do presidente Jerome Powell, um Federal Reserve ainda bastante comprometido com a queda da inflação.

Segundo a Verde Asset, o discurso da alemã Isabel Schnabel, do Banco Central Europeu (BCE), acabou abrindo a porta para altas ao ritmo de 0,75 ponto percentual por reunião. “Algo impensável até recentemente”, diz.

Europa tem capítulo especial

Aliás, a Europa merece um comentário à parte. Para a Verde, a situação energética do continente é extremamente séria.

“O choque de aumento nas contas de luz e gás das famílias e empresas ainda parece subestimado. Vemos a região caminhando para uma recessão significativa, embora os governos vão tentar de tudo, intervindo nos mercados de energia, dando cheques para empresas e pessoas, e evitando a destruição de demanda necessária para reequilibrar o balanço energético, em um contexto em que o gás russo não deve voltar nunca mais”, afirma a gestora, no relatório mensal.

Com isso, a Verde vê pouca chance de os ativos de risco europeus não terem um desempenho abaixo da média (underperform) em relação a outras regiões do mundo nos próximos anos.

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