Carreiras

As fake news que mais prejudicam o mercado de trabalho, segundo a Page Personnel

17 dez 2018, 16:45 - atualizado em 17 dez 2018, 16:45
(Pixabay)

A Page Personnel, consultoria global de recrutamento especializado, realizou uma análise das informações que mais apresentam impacto sobre os profissionais e as empresas. Lucas Oggiam, gerente executivo da consultoria, revela que as notícias falsas não ficaram somente nos debates eleitorais deste ano, mas em todo o inconsciente coletivo dos brasileiros.

“Infelizmente, o mercado de trabalho também registra esse comportamento, inclusive, com características estratégicas bem similares. Candidatos, empresas e políticos, nesse sentido, podem mentir por razões idênticas: omitir deslizes de conduta, ocultar desconhecimento sobre temas específicos, melhorar a imagem perante públicos diferentes, aumentar as reais qualificações ou os níveis de experiência, ou simplesmente vencer outras pessoas na busca por novas oportunidades, em especial, em um cenário com mais de 13 milhões de desempregados”, afirma o gerente executivo da Page Personnel.

Pensando nas consequências que uma fake news pode trazer para as relações no mercado de trabalho, Oggiam reuniu cinco exemplos em sua experiência no recrutamento de profissionais em mais de dez especializações de mercado. Confira a análise abaixo:

Vagas falsas

Quando o nível de desemprego está alto, algumas empresas acabam criando anúncios de vagas pela internet, quando na verdade não há nenhuma. O propósito dessa prática, cada vez mais comum no país, é conseguir ver como que está a demanda no mercado em questão de salário e benefícios. Ainda que por vezes inocente, esse tipo de “pesquisa” não é aceitável, pois além da notícia falsa em si, existem riscos envolvendo vazamento de informações pessoais do candidato.

Empresas podem realizar uma sondagem com o auxílio de uma consultoria especializada ou de plataformas online com banco de currículos. E para os candidatos que receberem vagas por e-mail ou WhatsApp, recomenda-se checar a procedência da empresa contratante, a divulgação da vaga em outros portais e a autenticidade das informações entrando em contato com os responsáveis.

Salário “turbinado”

Alguns candidatos acabam registrando um salário mais alto quando falam das experiências profissionais anteriores. Tal prática é comum em vagas de regime PJ, pois fica difícil comprovar esses rendimentos.

Embora seja compreensível o candidato querer melhorar o quadro de ganhos, muitos problemas podem surgir com a informação “turbinada”, sendo uma delas o confronto pelo RH. O melhor a se fazer é revelar o salário real e explicar os motivos pelos quais é preciso uma remuneração maior.

Saídas fantasiosas

Omitir os reais motivos sobre ter saído do emprego anterior para começar um novo trabalho pode gerar complicações no momento de alguma exigência técnica ou comportamental, ocasionando quebra de confiança ou mal-estar. Não há melhor saída que não ser franco e explicar o que levou à sua saída ou demissão.

Qualificação além do real

É comum que o candidato queira promover suas habilidades, mas existe um limite do que é aceitável e do que já pode ser visto como mentira. Torna-se somente uma questão de tempo até os gestores perceberem que o profissional não possui a experiência exigida pela vaga. Vale lembrar que a empresa investe dinheiro na captação de talentos, e algo assim pode sair caro para ambos os lados.

No currículo, é bom listar viagens, cursos online, palestras, contato com influenciadores e profissionais consagrados do mercado, mas nunca uma experiência ou habilidade inexistente.

Certificados e projetos sem comprovação

Segundo Oggiam, inventar certificados e omitir informações sobre a verdadeira carga horária dos cursos, extensões ou experiências no exterior podem ser ainda mais graves do que mentir sobre as qualificações. Simplesmente porque um certificado ou projeto pode ser determinante para a escolha de um candidato. As invenções podem até passar do currículo, mas não costuma sobreviver às entrevistas presenciais, fazendo com que o profissional perca na hora a vaga.

A melhor conduta que pode ser adotada pelo candidato é descrever seus conhecimentos informais no currículo e discorrer os tópicos na entrevista presencial.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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