As duas perguntas que o agro precisa fazer ao futuro presidente do Brasil, para CEO da Caramuru

O CEO da Caramuru, Marcus Thieme, salientou o papel fundamental da logística no agronegócio brasileiro durante o painel “Commodities: a Volatilidade de Preços na Nova Ordem Geopolítica” do AgroForum Cuiabá, evento realizado pelo BTG Pactual.
“Há 61 anos, desde a nossa criação, a Caramuru entendeu que sem logística não dá para realizar o trading. Atualmente, temos um investimento no Porto de Santos, no terminal 39, metade nosso e [metade] da Rumo (RAIL3), que devemos dobrar a capacidade de movimentação nos próximos 4 anos, que hoje é de 7 milhões de toneladas”.
Thieme destacou o investimento conjunto com a 3tentos (TTEN3) no Arco Norte, onde será desenvolvida uma nova rota para escoamento do farelo, grãos e DDG (Grãos Secos de Destilaria), assim como a entrada da empresa no etanol de milho.
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“É preciso ter logística. Eu acredito que nós do agronegócio precisamos fazer duas perguntas para os próximos presidenciáveis, sejam eles de esquerda ou direita, perguntas que mexem com 25% do PIB brasileiro. A primeira é: Qual o plano que você tem para melhorar a logística do agro brasileiro? E a segunda pergunta: Como vocês estão planejando industrializar o agro brasileiro? A receita, o imposto e o emprego ficam aqui no Brasil”.
Também estiveram presentes no painel Henrique Snitcovski, diretor executivo da LDC, e Adriano Baraúna, presidente do Grupo Cereal.
Snitcovski comentou que o cenário atual de tensões geopolíticas e as tendências protecionistas que ganharam força a partir da aplicação de tarifas de Donald Trump e retaliações de outros países “distorcem os fundamentos de oferta e demanda que estamos acostumados”.
Mais cedo, durante o evento, o fundador da 3tentos, Luiz Dumoncel, destacou a necessidade de avanço do Brasil no segmento de carnes e biodiesel, além de traçar paralelos com os EUA.