Resultados

As cinco ações que foram destaque no 1T24, de acordo com o Itaú BBA

22 maio 2024, 19:27 - atualizado em 22 maio 2024, 19:27
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Para o Itaú BBA, os resultados consolidados do período foram inferiores, afetados principalmente por Petrobras e Vale.(Imagem: Freepik)

Na avaliação do Itaú BBA, a temporada de resultados do primeiro trimestre foi ligeiramente positiva, especialmente para as empresas domésticas, enquanto as companhias ligadas a commodities tiveram desempenho inferior.

Segundo a instituição, 64,4% das empresas (ponderadas pela capitalização de mercado) apresentaram expansão nos números de lucro líquido em base anual e 44,1% reportaram resultados maiores que as estimativas.

Olhando para o futuro, o BBA e o consenso do mercado ainda esperam um crescimento de lucro por ação de dois dígitos para 2024.

“As conferências de resultados das companhias sob a nossa cobertura mostraram uma pontuação média de 7,46 em uma escala de 0 a 10 (contra 7,7 no trimestre anterior). A pontuação é baseada no otimismo geral das empresas durante essas conferências de resultados”, destaca.

Ao buscar desvios significativos em relação à média Direcional (DIRR3), Allos (ALOS3), Banco do Brasil (BBAS3), BTG (BPAC11), GPS, Hypera (HYPE3), Nubank (ROXO34), Lojas Renner (LREN3), Rumo (RAIL3), Sabesp (SBSP3), Santos Brasil (STBP3), Totvs (TOTS3) e Vibra (VBBR3) ficaram entre os destaques positivos, enquanto Taesa e CSN foram os pontos negativos dessa análise.

Por fim, entre os destaques do trimestre, o BBA destaca Santos Brasil (STBP3), Grupo GPS (GGPS3), Direcional (DIRR3), Hapvida (HAPV3) e Gerdau (GGBR4) como algumas das companhias que reportaram resultados positivos no trimestre.

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Os destaques do Itaú BBA no 1T24

Tendências

Para o BBA, os resultados consolidados do período foram inferiores, mas foram afetados principalmente por Petrobras e Vale.

Numa base de soma dos lucros, o lucro líquido consolidado excluindo Petrobras e Vale contraiu cerca de 2% anualmente, enquanto o resultado operacional (Ebitda) cresceu 3% anualmente, contra reduções de 16% e 6%, respectivamente, sem o ajuste pelas duas maiores empresas do índice.

Olhando para o futuro, existe potencial para uma melhoria dos lucros numa base consolidada, tanto numa perspectiva de ciclo de mercado (uma vez que as taxas de juros estão agora 3 pontos porcentuais mais baixas em termos anuais) como numa perspectiva de base de comparação mais fraca. O consenso estima um crescimento anual de 14% para o lucro líquido em 2024.

Os números de consenso para o segundo trimestre sugerem uma expansão robusta do lucro líquido e um crescimento de um dígito para o Ebitda. As estimativas de consenso sugerem que o crescimento será impulsionado principalmente pelas empresas domésticas e financeiras, enquanto as empresas de commodities deverão ficar para trás.

Destaques em difusão

Aproximadamente 60% das empresas reportaram uma expansão anual de lucro líquido, Ebitda e de receita. A difusão de crescimento trimestral apresentou tendências mais suaves, com cerca de 43% das empresas apresentando expansão de lucro líquido numa base trimestral, enquanto as tendências de Ebitda e de receita foram mistas.

Essa análise também mostrou que os setores domésticos tiveram um trimestre melhor em comparação com os nomes de commodities. O lucro líquido superou nossas estimativas em 44,1% das ações sobre a nossa cobertura e 37,8% das ações tiveram uma reação positiva.

Os segmentos de alimentos e bebidas, consumo e varejo, e saúde foram os setores com maior difusão no que tange expansão nos números
de lucro líquido em base anual.

Tendências de revisões de lucros

Houve uma ligeira melhoria de curto prazo nas revisões de lucros, com o último mês sendo marginalmente positivo (alta de 0,6%). Isto ocorre após um período de três meses de revisões negativas (queda de 2,4%).

O setor de commodities registou a maior volatilidade nas revisões durante esse período, enquanto o segmento financeiro demonstrou mais resiliência. Os setores domésticos ainda apresentam tendências negativas tanto nas janelas de um mês como na de três meses.

Alavancagem

Em uma base consolidada, a alavancagem corporativa permaneceu praticamente estável em comparação ao quarto trimestre de 2023, em 1,5 vezes, já que a contração do Ebitda nos últimos 12 meses foi compensada por uma redução na dívida líquida, e aumentou ligeiramente de 1,3 vezes em relação ao final de 2022.