Comprar ou vender?

As ações que sobem com Bolsonaro na Presidência

02 out 2018, 15:35 - atualizado em 02 out 2018, 15:35
Jair Bolsonaro recebeu alta hospitalar – (Wilson Dias/Arquivo Agência Brasil)

O mercado financeiro dispara nesta terça-feira (2) com a possibilidade de derrota do candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno. O Ibope mostrou ontem que Jair Bolsonaro (PSL) subiu de 38% a 42% e agora empata com o petista. Além disso, no primeiro turno, o deputado federal avançou de 27% para 31%, enquanto o seu principal concorrente ficou com 21%. Com o crescimento, a diferença entre ele e Haddad passa de 6 pontos percentuais (p.p.) para 10 p.p.

Bolsonaro está mais próximo da vitória no 1º turno, dizem analistas

A equipe de análise da Ativa Investimentos preparou um relatório sobre as Eleições 2018 com as perspectivas para as ações no caso de vitória de Fernando Haddad (PT) ou de Jair Bolsonaro (PSL), os dois mais prováveis participantes do 2º turno de acordo com as pesquisas eleitorais mais recentes.

O deputado federal é citado como tendo uma maior aceitação do mercado do que Haddad. “Podemos tirar essa conclusão por conta da reação do mercado dias depois de divulgações de pesquisas positivas para o deputado, além da grande alta do Ibovespa no dia em que o candidato sofreu o atentado, com os players precificando uma eventual redução em sua rejeição devido a comoção causada pelo ato”, lembram analistas.

O candidato tem como líder de sua equipe econômica Paulo Guedes, um dos fundadores do Banco Pactual e sócio fundador e diretor executivo da JGP. Ele preza pela menor interferência do Estado na economia.

“Apesar de todo seu histórico, existe certo receio do mercado quanto à manutenção da relação de Bolsonaro com seu “Posto Ipiranga”. Tanto a personalidade forte de ambos, quanto os antigos fundamentos defendidos por Bolsonaro, contrários às privatizações e outros posicionamentos de Guedes, são considerados possíveis riscos ao eventual mandato de JB”, ressaltam.

– Reformas

A Ativa destaca que Bolsonaro se posiciona a favor do teto de gastos, assim como a Reforma Trabalhista e da Reforma da Previdência. Além disso, tem meta ambiciosa em zerar o déficit primário já em seu primeiro ano de governo. No âmbito Corporativo, apesar de Paulo Guedes defender a privatização de todas as empresas, Bolsonaro afirma que privatizará somente aquelas que não possuem posição estratégica para o governo, ou seja, Petrobras (PETR4), Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil (BBAS3).

– Ações

A Ativa estima um grande upside para as ações da Petrobras. “Mesmo sem defender sua privatização, Bolsonaro é favorável a política de preços vinculada aos preços internacionais, sem maiores intervenções na governança da companhia”.  Ele também é Bolsonaro é favorável a menor intervenção governamental no setor elétrico e também a privatização das distribuidoras da Eletrobras (ELET3ELET6).

As ações da fabricante de armas Forjas Taurus (FJTA4) também é apontada como uma beneficiada por sua eleição. “A empresa alavancaria sua base de clientes, com uma maior demanda por seus produtos. No entanto, vale ressaltar a grande alta das ações nos últimos meses, já precificando uma eventual posse de JB”, ressalta.

Além disso, o candidato também vê a necessidade de redução das cotas raciais e incentiva os investimentos no Ensino Básico e no Ensino à Distância (EAD). “Tanto a Kroton (KROT3) quanto a Estácio (ESTC3) possuem maiores exposições em relação ao EAD quando comparadas a Ser Educacional (SEER3) e a Ânima Educação (ANIM3), sendo mais beneficiadas. Além disso, a Kroton, após a conclusão da compra do SOMOS Educação (SEDU3), aumenta sua participação no Ensino Básico, também sendo favorecida neste segmento”, diz a Ativa.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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