As ações que ganham com a vitória de Lula, segundo 3 corretoras
As ações expostas a possíveis programas setoriais compõem a maior da “cesta” que ganharia com uma eventual vitória do ex-presidente Lula (PT) no próximo domingo (30).
Analistas lembram de propostas como aumento real do salário-mínimo, maior distribuição do Bolsa Família, retomada do Fies e Minha Casa, Minha Vida, além de programas de crédito.
Lula segue à frente de o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa nacional, mas com margem apertada, de acordo com as pesquisas de intenção de voto mais importantes.
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Segundo a Órama, em um cenário com Lula de volta à presidência da República, o varejo sairia beneficiado. A Via (VIIA3), disse a corretora, seria um “excelente veículo” para aproveitar o momento.
A corretora afirmou que um novo governo petista poderia impulsionar as vendas de empresas do varejo discricionário, incluindo aquelas expostas a itens de linha branca e eletrodomésticos.
O setor como um todo, acrescenta, está “bastante descontado”.
Minha Casa Minha Vida
A Órama destaca que o Minha Casa Minha Vida facilitou o crédito para aquisição de imóveis de preço mais baixo.
Dentre as construtoras com maior exposição ao segmento de baixa renda, a corretora destaca a Direcional (DIRR3) por “ter um corpo executivo competente e operar a um múltiplo relativamente descontado”.
No setor, a MRV é citada por Genial e Guide em uma “cesta Lula”. A Guide também incluiu Direcional entre os papéis com boas perspectivas. Em educação, as duas corretoras falam em Yduqs (YDUQ3), mas a Guide também lembrou da Ser Educacional (SEER3).
Mais 6 ações
Guide incluiu Ambev (ABEV3), Assaí (ASAI3), Randon (RAPT4) e Marcopolo (POMO4) na “cesta Lula”. A Genial citou PRIO (PRIO3), Bradesco (BBDC4) e Eletrobras (ELET3).
A petroleira, destacou a corretora, tem exposição a um modelo de negócio em que o preço da commodity não é diretamente afetado pelas condições macroeconômicas locais.
Como a empresa é exportadora, uma eventual desvalorização do real em relação ao dólar tenderia a beneficiar o negócio com as suas receitas dolarizadas, disse a Genial.
Ao falar do Bradesco, a corretora destacou que possíveis programas de transferência de renda poderiam melhorar o consumo, destravaria maior oferta de crédito e aumentaria a capacidade de pagamento das famílias da base da pirâmide, beneficiando as receitas de juros e inadimplência.
O banco tem a maior seguradora do país e uma carteira de crédito mais concentrada em pessoa física (PF), afirmou a corretora.
A Genial disse que escolhe a Eletrobras para o cenário devido à natureza defensiva do seu negócio — energia elétrica, com exposição aos segmentos de geração e transmissão.
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