5 ações que a gestora ASA têm na carteira apesar da ‘decepção’ com Lula 3
As primeiras decisões do governo eleito foram “diferentes” do que parte do mercado esperava diante do que já se conhecia dos dois primeiros mandatos do ex-presidente Lula (PT), avalia o gestor da Flavio Kac, da ASA Investments.
“Foi uma grande decepção”, afirmou Kac, da casa com R$ 3,7 bilhões sob gestão, ao Money Times, destacando a equipe ministerial “praticamente toda do partido [PT]” até agora.
O fundo que ele gere, o ASA Long Biased, passou o segundo turno das eleições com exposição de quase 90% ao Brasil. Agora, disse, está “neutro” em relação ao país. Na carta de novembro da gestora a exposição líquida ao Brasil era de 41%.
“A gente continua com posições individuais e olhando outras regiões, incluindo México – na parte de microcrédito”, disse o gestor da ASA.
Para ele, o momento é de evitar empresas de consumo doméstico e companhias muito alavancadas. Kac disse que tem optado por empresas “maiores e mais sólidas, com projeções positivas em geração de caixa”.
Ações e setores do momento
Segundo Kac, Petrobras (PETR4) ainda é uma grande posição no fundo por conta do “desconto” das ações. Ele avalia que Banco do Brasil (BBSA3) também é um papel “barato”.
“As medidas [tomadas pelo governo] demoram para bater nos resultados da companhia”, ponderou. “Mesmo com o novo governo, as empresas vão gerar bons resultados”.
O gestor destacou que Banco do Brasil tem gerado resultados recordes, “lucrando como o Itaú (ITUB4)”. Kac citou a exposição da instituição ao setor agro como diferencial.
O fundo da ASA segue também com posição em supermercados, além de agro – via SLC Agrícola (SLCE3) e Rumo (RAIL3). “É um setor que vai continuar indo bem”, disse.
O desempenho do ASA Long Biased nos últimos 12 meses foi de ganho de 0,12%, enquanto o Ibovespa caiu cerca de 1,5%.