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Pesquisa feita pelo BTG Pactual durante a CEO Conference mostra gestores otimistas, mas ainda cautelosos

06 mar 2025, 13:34 - atualizado em 06 mar 2025, 13:34
ibovespa queda
Comparado há um mês, o sentimento dos investidores é de uma leve melhora, apesar da hesitação. (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

BTG Pactual realizou uma pesquisa com os principais gestores brasileiros durante a última CEO Conference 2025. Comparado com levantamento feito 30 dias antes, o sentimento dos investidores teve uma leve melhora, apesar da hesitação.

A amostra indicou que 31% dos entrevistados estão otimistas e 9% muito otimistas, o que mostra uma alta em relação ao mês anterior, que teve 29% e 6% com essas mesmas perspectivas, respectivamente. No entanto, a maioria dos gestores se mantém “neutro”, com aproximadamente 35% dos entrevistados, o que indica para o time do BTG que os níveis de convicção estão baixos.

Com relação à precificação dos ativos, a pesquisa mostra que os investidores ainda acham que o Ibovespa está relativamente barato, 62% dos entrevistados consideram o IBOV subvalorizado e 22% extremamente subvalorizado.

“Sentimos que os gestores estão começando a ganhar mais confiança em aumentar a posição, pois 45% estavam dispostos a isso, em comparação com os de 34% no mês passado”, descaram os analistas do banco no relatório.

A enquete revela ainda que os investidores podem ver uma modesta alta para o Ibovespa, com a maioria mirando a faixa de 130 a 140 mil pontos e alguns esperando que ele atinja mais de 140 mil.

Já para o câmbio, é esperada uma valorização do dólar, chegando a uma faixa entre R$ 5,90 e R$ 6 até o final do ano, segundo os gestores.

Entre as principais preocupações dos gestores, a corrida eleitoral em 2026 já desponta e assume a liderança com 47% dos votos, seguido pela perspectiva fiscal que ainda soma 42%. No cenário global, a perspectiva para as taxas de juros dos Estados Unidos é o tema dominante com 72% dos votos, seguido pela política tarifária de Donald Trump.

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As ações favoritas dos gestores

Com este cenário, a pesquisa revelou também quais são as escolhas dos principais gestores do país. Para eles, o setor de serviços públicos e financeiro seguem como consenso, com destaque para Equatorial (EQTL3), Itaú (ITUB3), Eletrobras (ELET3).

Já os setores que eles possuem posições vendidas (short) é o varejo e recursos básicos, com destaque para Ambev (ABEV3), Bradesco (BBDC4), Lojas Renner (LREN3).

Já as teses de maior risco e fora do consenso são Cosan (CSAN3), Tenda (TEND3) e Serena Energia (SRNA3).

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.